
De momento, ao menos, a situaçón non é esta, pois no recem nascido dán-se duas cousas: non há nada impreso em acto e há em potência muitas cousas ou poucas, estas ou aquelas. Mas todas, em ningúm. Há unha potência meramente passiva, à qual se opôn unha impotência passiva por razón da qual um é totalmente inepto para muitas cousas ou para poucas, para éstas ou aquelas. De ambas participan também, xunto com nós, outros animais. Efectivamente: o papagaio, graças a aquela primeira potência, é capaz de imitar a fala humana, mentras que a macaca non é capaz de fazê-lo, em virtude da segunda impotência. A macaca, leva a cabo, pola primeira potência, muitas mais cousas a imitaçón do home que o papagaio, a causa da segunda impotência, non pode fazer. Da mesma maneira, entre os homes, um é totalmente inepto para a gramática, mas muito competente para a navegaçón, e outro ao revés. Mas nós temos unha potência activa da que carecen os brutos e à que se debe a invençón das ciências e as artes. Non obstânte, disto se tratará com maior amplitude em “De anima”. Baste por agora haber traído estas cousas para entender o que segue. ¡Que poucos, entre tantos miles de homes, som aptos para as ciências, incluso para unhas ciências como as que temos!
FRANCISCO SÁNCHEZ