
A lóxica aristotélica exerceu unha influência sem par durante mais de dous milénios, até ao ponto de Kant chegar a afirmar: “Desde tempos imemoriais a lóxica transitou por um caminho seguro, como demonstra o facto de, desde a época de Aristóteles, non se ter retrocedido um único passo (…) E, o que é ainda mais notábel, também non se conseguiu avançar um único passo, polo que a consideramos terminada e completa.” Muito tempo depois de Aristóteles, as ideias de Leibniz demonstraram que ainda se podia dar passos no caminho da lóxica; deram-se e abriu-se a via para que, a partir de meados do século XIX, se superassem totalmente as ideias aristotélicas. Mas daquela lóxica herdámos alguns desses grandes princípios que acompanharam o pensamento occidental desde a sua formulaçón. O “princípio da non contradiçón”, que indica que é impossíbel que unha proposiçón e a sua negaçón, possam ser ambas verdadeiras ao mesmo tempo e no mesmo sentido. Ainda que certa versón do mesmo se possa ler em “A República de Platón”, a fórmula mais conhecida desde princípio foi enunciada por Aristóteles na “Metafísica”, com um cunho ontolóxico: “É impossíbel que o mesmo se dê e non se dê em simultâneo e no mesmo sentido”. Outro desses princípios fundamentais da lóxica clássica enunciados por Aristóteles é o “do terceiro excluído”, que dicta que unha disxunçón formada por unha proposiçón e a sua negaçón é sempre verdadeira (o enunciado “chove ou non chove” é sempre verdadeiro). Também o “princípio da identidade”, segundo o qual toda a entidade é idêntica a si mesma (A=A), se atribui a Aristóteles, apesar de neste caso, non se poder encontrar nenhuma referência nos textos que se conservam do filósofo.
P. RUIZ TRUJILLO