
Por outro lado, o seu individualismo radical coloca a questón da articulaçón social. A natureza aristocrática do “super home” é tán extrema que se torna difícil imaxiná-lo noutro estado que non sexa a solidón. Unha hipotéctica sociedade composta por “super-homes” seria unha mera soma de individualidades solitárias. A única norma comum consistiria na obrigaçón de lutar contra todas as manifestaçóns (cristáns, pessimistas, ascéticas, etc…) que demonstrem menosprezo face à vida terrena. Além disso, Nietzsche non proporciona regras de convivência. Dir-se-ia que ele deixa esse trabalho para os próprios “super-homes” e para a sua ilimitada capacidade de invençón. Apesar de todas as questóns que desperta, o relevante é que o “super-home” encarna a soluçón ao problema que temos vindo a esmiuçar neste capítulo, a saber, o “enorme acontecimento” da morte de Deus e do nihilismo que essa morte traz consigo. A grandeza do “super-home” consiste em ser ao mesmo tempo um “anticristo e um antinihilista”, um espírito que derrota “Deus e também o Nada”. Recuperemos a pergunta que nos fizemos unhas páxinas atrás: ¿o que nos falta para estar à altura do “enorme acontecimento” ? Agora podemos reformulá-la do seguinte modo: ¿quán lonxe estamos nós do “super-home”?
TONI LLÁCER