O grande Schopenhauer, aquel de que Borges afirmaba, que talvés descubríra o segredo do universo. Na sua obra mais importânte “O Mundo como Vontade e Representaçón”, denûnciou a supremacia da força céga do universo sobre a razón, um tema caro aos seus antecessores os Iluministas. Essa “Vontade” irracional que atrapa o home, e o leva a procurar sempre algo que nunca logra alcanzar, causando-lhe um sofrimento e unha inquiétude perpéctuas. Partilhaba com o budismo a ideia de renûncia aos desexos, como única forma de aliviar o sufrimento da existência. Schopenhauer é um dos máximos espíritos da humanidade, publicou a sua obra-prima sobre os trinta anos de idade, e tivérom que decorrer outros tantos, para que a sua fama aparecéra. A partir da publicaçón de “Parerga e Paralipomena”, que foi o seu libro mais popular, transformou-se num home enormemente reconhecído, num clássico do pensamento que nunca mais deixou de ser admirádo. A obra príncipal é “O Mundo como Vontade e representaçón” (em dous volûmes). A ediçón orixinal de 1818 passou desapercebída; em 1844, foi publicada unha segunda ediçón que acrescentaria ao primeiro volûme, outro quase da mesma extensón (conhecído como “Complementos”). Por outro lado, o libro que o catapultou para a fama foi “Parerga e Paralipomena”, pequenos textos filosóficos (também em dous volûmes), publicado pola primeira vez em 1851 e ampliádo nunha ediçón póstuma em 1862. À marxem dos títulos citados, a obra está também constituída polos seguintes textos: “Textos menores”, assim designádos dous breves escritos que redixíu antes da sua obra-prima, embora mais tarde fossem revistos: “Sobre a quádrupla raiz do princípio de razón suficiente” (1813) e “Sobre a visón e as cores” (1816). Debem ser também acrescentados o opúsculo “Sobre a Vontade da Natureza” (1835) e os dous tratados que configuram o volûme “Os dous problemas fundamentais da ética” (1841). Quando faleceu, os seus herdeiros descobrirom vários cadernos manuscríptos com apontamentos filosóficos, que hoxe, debidamente editádos, forman parte da sua obra e que a amplíam. Som conhecídos como “Textos do legado manuscrípto”. Som igualmente importântes os seus diários de viaxem, redixídos durante a adolescência, e a sua abundante correspondência.
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