
CONCEPTISMO. Estilo literário que utilizaba conceitos, agudezas, paradoxas e ambigüidades, ao mesmo tempo que cultibábam a criaçón de imáxens complicadas e metáforas. Por isso, se distingue do “culteranismo”, mais pola matéria do seu discurso que pola maneira de expôr. As raízes deste movimento podem-se encontrar nalgúns escritores do Renascimento, como Garcilaso ou fray Luís de León, mas alcançóu a categoría de movimento ou de estilo com a publicaçón dos “Conceptos espirituales” (1600 – 1612) de Alonso de Ledesma, que escrebía poesía ao divino. Quevedo e Gracián forom os mêstres reconhecidos deste estilo, ainda que também o cultivárom muitos outros poetas, durante o final do século XVI e todo o século XVII na España. Na sua “Agudeza y arte de ingenio” (Huesca, 1648), Gracián foi incapaz de chegar a unha definiçón precisa do termo, sem cair na definiçón por símil ou por símbolo. Sostem que o escritor debe combinar a complicaçón com a brevidade, as ideias orixinais com as metáforas mais violentas. A finalidade era estabelecer unha asociaçón conceptual basada no contraste de dous termos nunha mesma imáxem. Um dos propósitos que subxacem no conceptismo é que a comprehensón dos signos levem o leitor a um conhecimento das relaçóns existentes entre as cousas que conformam o mundo; ideia que surxe desde a Idade Média e que chega até fins do século XVII. Até fai pouco pensába-se que o “conceptismo” e o “culteranismo” eram antitécticos, mas hoxe reconhéce-se muitos rasgos em comúm entre escritores que pertencem a um e outro estilo: Góngora e Quevedo, por exemplo; âmbos movimentos cultivam unha expressón intencionadamente obscura, que requer um esforço de comprehensón por parte do leitor; âmbos querem que o leitor participe e descifre as insólitas imáxens e o seu significado. Neste sentido, o conceptismo relaciona-se com os emblemas.
OXFORD
