
Alfonso X representa unha das cimas culturais mais elevadas da Idade Média europeia. Agrupou na sua côrte a numerosos sábios de todas as razas, relixións e nacionalidades. e com o seu auxílio e colaboraçón proseguíu a grande tarefa de reunir, sistematizar e traduzir toda a ciência conhecida no seu tempo, com um critério de tolerância e universalidade que constituie a sua maior glória. Em quanto à fala, Alfonso o Sábio é o criador da prosa castelán. Em tempo do seu pái, como xá vimos, som escrítas as primeiras obras em prosa românce; mas só baixo a direcçón e o impulso de Alfonso X adquire esta prosa a categoría de unha fala nacional. A fala românce tinha sído utilizada desde os inícios para a poesía, estimada por entón como unha manifestaçón literária de importância menor: resultaba o xénero apropriádo para as cantigas do pobo, as diversóns xugrarescas. os relatos épicos, que non eram senón notícia oralmente transmitida. Non obstânte, existia unha radical dualidade para a prosa: falába-se em românce, mas continuava a escreber-se em latím, porque só a esta língua se lhe reconhecía dignidade para redactar os documentos, as historia, os libros gravemente doutrinais. Mas o estudo deste idioma latino, debído ao analfabetismo xeral, só era possíbel no âmbito -muito limitado- dos mosteiros, polo que cada vez era menor o número de quem era capaz de entendê-lo. À medida que avanzaba a Reconquista e eram incorporádas a Castela grandes focos da cultura árabe, advertía-se melhor o feito de que este pobo posseía unha fala viva, à vez escríta e faláda, própria de toda a naçón, tal como na antiguidade tinha sído o caso da Grécia e de Roma. Impunha-se, pois, o retorno à unidade linguística non só polo desexo natural de emular aqueles pobos na possessón de um vehículo nacional de cultura, senón porque só com um idioma único, se podía fazer a divulgaçón eficaz de todo o saber científico. Os colaboradores hebraicos de Alfonso X o Sábio, como fixo notar Américo Castro, forom quem mais influírom sobre o monarca para decidí-lo ao emprego do idioma vulgar como língua didáctica, apartando-se do latím, fala da Igrexa, e continuar nisto a natural secularizaçón da cultura que pouco a pouco viria-se a impôr em toda a Europa. A consecuçón desta unidade idiomática foi a grande empresa literária do século XIII e Alfonso o Sábio o seu propulsor e realizador xenial.
J. L. ALBORG