
É sabido que Newton non estaba em condiçóns de expor as razóns dessa aparente atraçón à distância que pressupón a gravidade, e que tomou a decisón (carregada de peso na história do pensamento) de se abstrair do problema: “Non consegui deduzir dos fenómenos as razóns da gravidade e non avanço hipótese algunha (hypothesis non fingo)”, escrebe num parágrafo célebre dos seus “Principia”. Como consequência dessa actitude foi a lexitimidade da xeneralizaçón por induçón, fazendo da mesma a base do que ele denomina “filosofia experimental”. posiçón essa que na sua época, seria censurada por Kant e, antes, por Leibniz, entre muitos outros. Constatamos mais que unha vez a queda dos corpos com unha determinada aceleraçón e eriximos lexitimamente essa queda como necessidade natural. Desta forma o sistema de Hegel non despreza o conhecimento empírico, mas de forma algunha considera que esse conhecimento possa servir de fundamento. Non há xeneralizaçón por induçón que sexa lexítima, pois esta non mostra a “necessidade” de que as cousas sexam como se exponhem. Os pensadores xónicos forom os primeiros físicos, porque postularom que os fenómenos naturais non ocorriam por acaso ou por capricho dos deuses, mas como expressón de a natureza estar rexida por unha implacábel necessidade, à qual o pensamento tem acésso. Hegel assume essa esixência da “necessidade natural”, mas à partida, non a situa na natureza, mas na razón que a evidência. Para começar, a razón é aquilo que está submetido a unha rigorosa necessidade, e como a razón é o que lexisla, a natureza obedece ao que se chamará “lei natural”, por oposiçón às noçóns da ordem social. ¡¡A necessidade racional fundamenta tanto a lei natural como a ordem social!!
VÍCTOR GÓMEZ PIN