Arquivos diarios: 25/07/2023

ESCRITORES HISPÂNOS (ALEJO CARPENTIER)

CARPENTIER, Alejo (La Habana, 1904-1980). Novelista cubano de orixem francorusso. Em 1924 foi editor da revista mais importânte de Cuba, “Carteles”, e colaborou na fundaçón do grupo “Minorista”. Foi encarcerado em 1927 por firmar o manifesto desse grupo contra o dictador Machado. Carpentier escapou de Cuba com um passaporte falso e trabalhou como xornalista em París até ao seu regreso à ilha em 1939. Saíu de novo para a Venezuela, exiliádo em 1945, primeiro como colaborador de unha estaçón radiofónica em Caracas e depois como professor da universidade. Alí radicou até ao triunfo da Revolución cubana em 1959, ano no qual se reincorpora ao seu país. A sua melhor novela, “Los pasos perdidos” (México, 1953), é, segundo J. B. Priestley, unha das obras fundamentais do nosso tempo. Também escrebeu “¡Ecué – Y amba-O!” (Madrid, 1933), sobre os elementos africanos da vida e a arte cubanas. “El reino de este mundo” (México, 1949); “El acoso” (1956); “Guerra del tiempo” (México, 1958), novela em três narraçóns sobre o tempo; “El siglo de las luces” (México, 1962), situada durante a Revolución francesa na Guadalupe e outros lugares das Indias Occidentais, é unha das suas melhores obras; “Tientos y diferencias” (México, 1964); “Tres relatos” (Montevideo, 1967); “Literatura y conciencia política en América Latina” (Madrid, 1969); “La ciudad de las columnas” (Barcelona, 1970); “El derecho de asilo” (Barcelona, 1972); “El recurso del método” (México, 1974), que é unha irónica e amarga denuncia da dictadura de Gerardo Machado escrípta no melhor estilo de Carpentier, digna de formar parte da tradiçón das novelas sobre dictadores, ao lado de Asturias, García Márquez e Roa Bastos. “Concierto barroco” (México, 1974), é unha ambiciosa novela curta que conta a disparatada história de um criollo mexicano que deixa a seu país, recruta a um criádo negro e viáxa por Espanha e Itália, durante o século XVIII. O estilo volta-se gradualmente mais ornamental e barroco à medida que as personáxes retroceden ao XVII. Durante o carnaval de Venécia, o criolho, disfarzado de Moctezuma, conhece a Haendel, Vivaldi e Scarlatti. Com eles e a música do criádo negro improvisasse unha espécie de orxía musical, que culmina com a inspiraçón de Vivaldi de escreber unha ópera diferênte às que están de moda, e que terá como personáxe central a figura do imperador Moctezuma. O divertimento que leva a cabo Carpentier nesta obra está subtilmente apuntalado pelos seus conhecimentos musicais, vertidos em parte no seu estudo “La música en Cuba” (México, 1946). Mais tarde, publicou “El arpa y la sombra” (1979), novela que trata do amor impossíbel entre Cristóbal Colón e a Reina Católica, num marco de confidências pensadas polo almirante, desde o momento da sua morte, até ao momento da sua condenaçón-salvaçón. Segue um pouco o estilo entre fantástico-delirante e romântico-histórico de “Concierto barroco”. Finalmente, a novela da Revolución Cubana, contada a través da longa vida de unha apolítica dançarina russa, “La consagración de la primavera” (1978). Um ano antes aparecerom os seus artígos xornalísticos reunidos em “Crónicas” (dous volûmes), que recolhem as suas aportaçóns a revistas e diários a partir de 1922.

OXFORD