Arquivos diarios: 01/08/2022

O FRACASO DA ACADEMIA

Quando Isabelle foi despedida do “Cristina Filibustera”, porque a dona suspeitou que se tinha enrredado com Elipio Aldansa, perdoei-lhe as suas calumnias e puxêm-na de colaboradora na Academia, com um ordenado, que lhe pagaba eu do meu próprio pecúnio. Unhas cinco mil pesetas ao mês. Resultou unha modelo perfeita, Conhecia bastante bem a gramática alemán e, a respeito da gramática parda, sabía-as todas. Nunca soubem, nem me importaba que vida levaba na Alemanha a Isabelle. Aquí, cada dia que passaba era mais “zorra”. Cristina perseguía-a para despelhegá-la, polo do colombiano e Rocío despreçába-a, por algo de que nunca quixo falar. Mas, aos alumnos da Academia, tinha-os a todos completamente loucos e, inclúso marcabam explicaçóns com ela para depois das clásses. A mim, “pardilho” e sem benefício, facíam-me responsábel por todos os desaguisádos e desafôros, que a Isabelle cometía. A culpa, em verdade, era minha por tê-la repatriádo. Com respeito à Academia, o único problema de Isabelle foi que, acabou ocupando-se mais dos seus assuntos de fora, que das obrigaçóns de dentro; e que a usara para seu benefício pessoal. Esta Isabelle, chegaría lonxe, se Cristina Filibustera non lhe pegaba dous tiros. Porque Cristina tinha unha pistola, eu bem o sabía. E sabía, que non perdoaba, nem esquecia desaforo de alcoba ou usurpaçón de amante. Há pessoas cuxo destino é complicar-se a vida e também complicar-lha aos demais. Bem estaba que Isabelle sacára unhas “perras” extras nas horas libres, mas sem abusar. Tudo o que facía como modelo era inacreditábel, e os aspirantes a “Don Juan” agarrabam uns calentóns fortíssimos, e xá desexabam copular alí mesmo com ela, sem que acabára a clásse. Convencer a estes fulanos, que a Academia non era unha “casa de putas” e delimitar as lindes entre a teoría e a práctica era, para mim, um trabalho complicado. Por isso, quando a Academia pechou, preocupou-me menos perder uns dinheiros, mas deitei de menos a diversón. A “pasta”, sempre me importou pouco; tinha o meu ordenado no hotel e os meus “trapicheos” fora. E xá sabía o que era acumular ganhos, que me durabam um suspiro. Tinha um raro talento para queimar o dinheiro, de todas as maneiras e formas possíbeis, e daba-me igual oito que oitenta.

JAVIER VILLÁN E DAVID OURO