PASSEIOS PARA UNHA TARDE DE SÁBADO (A SERRA DO SUÍDO)

A fartura é tanta e tamanha, que non sabíamos onde ir. Este passeio tán rocambolesco, foi o resultado dum cúmulo de indecisóns e incongruências consecutívas. A verdade é que , como quase sempre a nossa mente estaba em branco. Tinhamos duas ideias básicas: Pontecaldelas ou Ribadávia. Em cada encrucilhada, unha interrogaçón. ¿Para onde vamos? Acabamos por sair cara a Ourense, mas, à altura de Covelo, abandonámos a auto-vía, para internar-nos na Serra do Suído, um passeio de grande calado paisaxístico. Entre lembrânças da nossa xuventude fomos navegando cara à Graña, onde Guillade entrára ó mando das suas tropas, atravessamos a poboaçón para penetrar no corazón da cordilheira, desde onde se divisa o mar do fim da Terra. Logo, tocou baixar das alturas e afrontar o precipício e o vértigo da Citânia castrexa da Laxe. Aproveitá-mos a ocasión para visitar o Grande Carbalhal, um dos grandes de Espanha, que desafortunadamente non se encontrava no seu “Palomar”. Xá a luz da tarde começaba a apagar-se no horizonte roxo, e as ganas de comer despertábam do fundo de tanta emoçón natural. ¿Onde vamos comer? Em Pontecaldelas, non había trutas (non era a temporada). Em Pontevedra, a última vez resultou bastante desconfortábel, porque chovía e a comida era bastante turística, para o meu gosto. Pensamos entón em Redondela, comeríamos bem na Casa Lemos, mas para colmo de males estaba pechada. A desesperaçón galopava e as horas corriam como nunca. Raudos e velóçes, colhemos o caminho de Teis, mas, non tinhamos passaportes para o “Covi Circus”. Ó rapaz, quase o tinhamos enganado, mas, heis que apareceu unha governanta moderna, que truncou qualquer possibilidade de negociaçón. Marchamos cara a um bom restaurante de arrozes da zona, o qual a pesar da sua valía e de ser sexta-feira, também estaba a cal e canto. Bom! Calma!! Nós, habemos de encontrar. Ainda que, algún, xá quería ir ao Mac Donalds de Samil. Arrumamos o auto em Coruxo, alá polas dez e meia da noite. E nós a penar como condenados, alí diante da praia: ¿Podemos entrar? ¡¡¡Xá estádes dentro!!! Depois de tanto sofrimento, mira tú, que ainda vamos ter sorte! Pois, non é todos os dias que se encontra um, com unha velha glória da cozinha!! À qual visita incluso o novo rei das espanhas, quando vem de varanda por estas terras. A sala era âmpla, desafogada, boas mesas de madeira cobertas com toalhas de pano branco (Um dos grandes crímes do capitalismo, é o despilfarro. Todo este local, ao serviço somênte de meia dúzia de pessoas). ¡¡Isto non pode ser!! ¡¡Tanto tempo aquí a esperar!! ¡¡¡Mire, se non pode esperar, tem alí aquela porta!!! ¡¡¡Tenho unha filha a parir no hospital!!! ¡¡¡Estou eu e a minha mulher, os dous solos!!! ¡¡¡Así, que, se non pode esperar, xa sabe!!! Voltando ao que interesa, companheiros, a velha é a alma da cozinha, e a matéria prima é boa, polo que nas máns dela, a aliânça, atinxe altas côtas de satisfaçón para um bom entendedor. Ou sexa, que valeu a pena, passar tantas penúrias, para arribar a esta mesa farturenta, xunto do mar benigno de Vigo.

LÉRIA CULTURAL

Deixar un comentario