WITTGENSTEIN (A FALTA DE ESTILO DA NAÇÓN NO ÂMBITO DA CRIAÇÓN)

Detenhamo-nos primeiro no caso de Kraus, editor de “Die Fackel”, literalmente “A Tocha”, unha revista satírica com a qual deitava fogo à notícia carente de sentido, independentemente de quem fosse o seu autor. Grande parte do singular êxito desta destructiva publicaçón radicava na austera imediatez do seu método: expondo e isolando o fragmento a criticar, retirando-o do seu contexto, conseguía mostrar a base desonesta da qual o seu autor partía. Através da palabra, queria chegar à raiz da vida pública austríaca e purgar todos os seus domínios, da política à arte e à literatura. Tratava-se de trazer à luz a verdade que a imprensa, movida por interesses económicos, mascarava, e isso, segundoKraus, esixía a nítida cisón entre xornalismo e literatura, ou sexa, impor limites, e, em particular, o sacrifício de xéneros híbridos como o folhetim, no qual a crónica literária e a xornalística se confundiam. Unha das pessoas que sofreu a censura de Kraus foi Bahr, alto representante do folhetim, que, demasiado preocupado com o difícil advento de unha arte verdadeiramente austríaca e levado por um floreado laxismo moral, descuidava o conteúdo da sua mensaxem em prol da pompa e do “glamour”. Repare-se como a imaxem de Bahr, que se divisava da parte dos críticos modernos como Kraus, ilustra bem esta citaçón do literato Franz Blei: “Hermann Bahr quis, há anos, fazer unha viaxem à Rússia. Mas non tinha dinheiro suficiente. “Bom, entón primeiro escrebo a crónica da viaxem à Rússia, e pago assim a viaxem com os honorários, e depois logo veremos se a realidade coincide.” E assim foi como H. Bahr se transformou, com o resto dos modernos, noutro pai orixinário do expressionismo”. Esta apreciaçón sobre o expressionismo, movimento ao qual Bahr dedicou um libro, tem muito que ver com a falta de obxectividade, e de integridade, que Kraus encontrava no folhetim. Do outro lado, o “expressionismo” era entendido como unha corrente esaxerada que tendia a transgredir os limites do comunicábel. Bahr e os “secessionistas” queriam aproximar a arte austríaca da occidental sem que, por isso, a nova arte perdesse “a essência austríaca”. O que era isso? Acaso existia? Wittgenstein era contra o próprio conceito de essência. Non deixa de ser cómica a carta que Bahr escrebeu em resposta à primeira exposiçón da Secessón, manifestando a sua necessidade de possuir unha secretária caracteristicamente vienense. Incomodava-o dispor de unha mesa que pudesse fazer parte de unha casa berlinense, que non fosse tán vienense como a sua querida Kahlenberg, unha montanha que ainda hoxe desperta o mais curioso sentimentalismo entre os habitantes da capital. Kraus entendia a proposta secessionista como unha contradiçón, unha vez que consideraba que o fruto dessa procura estaba condenado a ser unha má imitaçón de um estilo alheio. O que os primeiros viam como rexeneraçón da arte e renovaçón do gosto popular, Kraus interpretava-o como falta de estilo. Repare-se no paradoxo: a tentativa de encontrar unha arte verdadeiramente austríaca punha em evidência a falta de estilo da naçón no âmbito da criaçón.

CARLA CARMONA

Deixar un comentario