
A “Disputa del alma y del cuerpo”. Esta composiçón debe de pertencer ós últimos anos do século XII, ou primeiros do XIII. Foi encontrada no Archivo Histórico Nacional, num pergaminho procedente do mosteiro de Oña de 1201, e publicada e estudada por Menéndez Pidal. Consta de 37 versos agrupados em pareados, e está inspirada no poema françês “Débat du Corps et de L’Ame”, versón à sua vez de outro poema latino, “Rixa animae et corporis”. O seu tema consiste na discusón que mantenhem o corpo e a alma de um difunto, atribuíndo-se recíprocamente a culpa dos seus pecados. Adquiríu difusón em todas as literaturas europeias, e na castelán persistíu baixo diferêntes versóns: nos começos da escola alegoricodantesca, finais do século XIV, reaparece com o título de “Revelación de un ermitaño”; tem influênça na “Farsa racional del libre albedrío” na qual se representa a batalha que existe entre o espírito e a carne; e penetra até à época de Calderón, que a utiliza num dos seus “autos sacramentais”, da primeira época, entitulado “El pleito matrimonial del Cuerpo y el Alma”.
JUAN LUIS ALBORG