Argote de Molina, Gonzalo (Sevilla, 1548-1598). Humanista e bibliotecário particular, cuxos libros e museo Felipe II visitou de incógnito. Entre os seus escritos destacam “Discurso sobre la poesía castellana”, que se agregou à sua ediçón do “Conde Lucanor”. Também editou a “Historia del gran Tamerlán” (Sevilla, 1582) de Ruy González de Clavijo. A sua “Nobleza de Andalucía” (1588), é um trabalho de xenealoxía bastante importânte.
Argensola, Lupercio Leonardo de (Barbastro, 1559-1613). Poeta, historiador e autor de obras teatrais. Foi um dos membros mais destacados da escola aragonesa (com o seu irmán Bartolomé e com Esteban Manuel de Villegas). Cultivabam unha poesía sinxéla e pouco ornamentada com a qual reaccionabam em contra do estilo culterano de Góngora, que entón se tinha posto de moda. A poesía de Lupercio basaba-se nunha inspiraçón ecléctica, que tomaba temas ou tropos de Horacio, Virgilio e Garcilaso. A sua versón da oda horaciana “Beatus ille” está entre as melhor escritas em castelán. Os seus poemas mais conhecidos som “Al sueño” e os encantadores tercetos da sua “Descripción de Aranjuez”. Ademais de atacar ó gongorismo, enviou a Felipe II unha carta na que o prevenía contra as licênças que se tomabam os autores teatrais mais populares. Foi cronista real de Aragón até á sua morte ( lugar que herdou o seu irmán) e escrebeu, como tal, unha “Informaçión de los sucesos de Aragón en los años de 1590 y 1591” (1808). Também esteve em Nápoles, onde fundou a “Academia de los Ociosos”, ao tempo que era secretário de Estado do virrei, conde de Lemos. Queimou a maioria dos seus poemas nessa cidade, mas, o seu filho Gabriel, que guardaba cópias deles, acabou publicando-os pôstumamente, xunto com os poemas do seu tio Bartolomé num volûme entitulado “Rimas” (1634). Existen ediçóns modernas.
Argensola, Bartolomé Leonardo de (Barbastro, 1562 – 1631). Poeta e historiador. Com o seu irmán Lupercio e com Esteban Manuel de Villegas, foi um dos membros mais destacados da escola aragonesa. A sua poesía é de inspiraçón clássica. O seu modelo hispâno foi fray Luis de León, e compuxo odas relixiosas e sonetos, num estilo muito similar ao do agustino. Á morte do seu irmán Lupercio, foi nomeado cronista real de Aragón e escrebeu a: “Primeira parte dos anais de Aragón” (Zaragoza, 1630), que continuou, com coherência os de Zurita (1516-1520). Também escrebeu versos lixeiros, como a: “Conquista de las islas Malucas” (1609, ed. M. Mir, Zaragoza, 1891). As suas “Rimas” forom publicadas xuntamente com as do seu irmán Lupercio, em 1634. J. M. Blecua reeditou-as em Madrid, 1974.
Arévalo Martínez, Rafael (Guatemala, 1884-1975). Poeta, autor teatral, ensaista, novelista e contista. Deu-se a conhecer com unha novela curta chamada “El hombre que parecía un caballo” (1915), que é um dos contos mais orixinais de hispano-américa por essa época. Acreditou-se tratar-se de unha caricatura do poeta colombiano Miguel Ángel Osorio, mais conhecido polo pseudónimo de “Porfirio Barba Jacob”. O éxito da obra e da sua secuela, “El trovador colombiano”, levou-o a escreber fantasías psicolóxicas muito similares que carecem de acçón: “El señor Monitot” (1922), na qual a personáxe é um elefante; “La oficina de paz de Orolandia” (1925); “Las noches en el palacio de la Nunciatura” (1927); “La signatura de la esfinge” (1933) e “El mundo de los Maharachías” (1938). Outras obras suas em prosa som: “Influência de España en la formación de la nacionalidad centroamericana” e “Nietzsche el conquistador” (âmbas em, 1943), ademais de “Ecce Pericles” (1946), que versa sobre o dictador Manuel Estrada Cabrera, o “Señor presidente” da novela de Miguel Ángel Asturias. Arévalo é também o poeta mais importânte da sua xeraçón: “Juglerías” (1911), “Maya” (1911), “Los atormentados” (1914), “Las rosas de Engaddi” (1918), “Llama” (1934), “35 poemas” (1944), “Por un caminito así” (1947) e “Poemas” (1958). As suas “Obras esgogidas: prosa y poesía” aparecerom em 1959.
A filosofia analítica é unha das grandes correntes e estilos da filosofia contemporânea, xuntamente com a fenomenoloxía, a hermenêutica, a filosofia crítica e o pós-estructuralismo – as grandes correntes que tentam entender o complexo mundo actual. Nasceu no Reino Unido, em Viena, em Berlim e em Cracóvia, como aplicaçón dos métodos da lóxica formal à filosofia e às ciências. No início, orientou-se prioritariamente para a ciência, sob a denominaçón de positivismo lóxico, e teve grande influência na Europa Central e, desde a Primeira Guerra Mundial, nos EUA. Em contrapartida, no Reino Unido esta corrente abandonou o cientismo e centrou-se nos problemas tradicionais da filosofia, partindo sempre de unha análise dos conceitos e dos termos. Caracteriza-se, sobretudo, polo imperativo de clareza no significado dos termos filosóficos – e, neste sentido, costuma ser muito crítica com o estilo quase literário, aforístico e metafórico frequente noutras tradiçóns – e por considerar que a principal tarefa do filósofo é a análise conceptual, ou sexa, o exame das condiçóns que nos permitem aplicar conceitos às cousas. Daí que às vezes se pense que permanece encerrada na linguaxem sem chegar à realidade; por outro lado, os filósofos analíticos xulgam que o estudo dos conceitos é a forma privilexiada de entender a realidade. É actualmente a corrente dominante nos países anglo-saxónicos e nas suas grandes universidades, com unha crescente influência nos países do norte da Europa e da Europa Central. A divisón académica conduziu a unha nova forma de distinguir as correntes em duas vertentes: a “analítica” e a “continental”, na qual se integram todas as tradiçóns non analíticas (fenomenoloxia e hermenêutica, principalmente). Em xeral, no sul da Europa e nos países hispâno-americanos predomina a filosofia “continental”. Com excepçón de Russell, os filósofos analíticos non tiveram tanta proxeçón pública como os intelectuais continentais, xá que costumam limitar o seu trabalho à esfera académica.
O vindeiro xóves dia 17, do mes que andamos, vaise celebrar na Audiência Provincial o xuicio contra Marcial U. D. e a sua dona, Glória, ambolos dous vecinhos de Ribadetea e residentes em Portugal. O delito do que som acusados é o de votar duas vezes nas derradeiras eleiçóns municipais. Ó parecer, xá non era a primeira vez que facíam o mesmo, só que nesta feita o Partido Galeguista decatouse do truco e denunciou o caso diante de xuíz. A história dos votos dos emigrantes, que vinham todos para unha mesma candidatura é muito longa e também muito velha. Esperamos que nesta ocasión os Tribunais, fagam ver à xente que nunha democracia, o feito de votar é algo muito sério, que nada devería ter que ver com o amiguísmo, nem com os favores debidos. No próximo número, daremos conta do resultado da sentênça. Sexa el qual for, o certo é que polo menos do banco dos acusados, non os vai librar ninguém. Por algo se empeza. Noutra ocasión xá terán mais cuidado e melhor memória.
PUBLICADO NA PENEIRA (ANO I – 1984)
(NA ALDEIA DE GUILLADE, TAMBÉM FOROM CONHECIDOS DOUS CASOS SIMILÁRES PERPETRADOS POR DOUS EMIGRANTES EM LISBOA: ANTONIO G. R. E EDELMIRO G. B., ÂMBOS CONDENADOS A PAGAR APROXIMADAMENTE UNHAS 6OO.OOO PESETAS CADA UM.)
No Outono de 1842, começa outra série de artigos com o título “Os debates em torno da lei sobre o roubo de lenha”, que o Landtag elaborou para regular prácticas habituais tán enraizadas e vitais para a populaçón pobre como a recolha de lenha seca dos bosques, a caça e a pesca, a “segunda recolha”, etc… E, no ano seguinte, aborda a problemática dos viticultores do Mosela. Estas duas séries, de que Marx esteve sempre satisfeito, levam-no a tomar contacto com as miserábeis condiçóns de vida das classes populares e a iniciar um posicionamento a seu favor; facto que tem sido enfatizado para reconstruir o perfil do Marx revolucionário e do seu caminho rumo ao comunismo. Contudo, estes artigos, e outros menos conhecidos mas muito valiosos, como “Sobre o Proxecto de Lei de Divórcio”, ou o titulado “O editorial do número 179” da Gazeta de Colónia, som especialmente relevantes para compreender a sua evoluçón conceptual. Aqui é posto à proba o sentido do hegeliano “estado universal”, um conceito de estado que exclui a particularidade. Por enquanto, a proba resiste e Marx mantém-se nessa dupla quimera emancipadora, vixente na história da humanidade e obxectivada no sistema hegeliano, que vê o Estado e a Filosofia como duas criaçóns sublimes do Espírito, como duas figuras universais da libertaçón; mas começam a abrir-se fissuras. Em “O Editorial do número 179” Marx opôn-se, evidentemente, ao “estado cristán” porque é um estado submetido a essa particularidade e, assim, ao priviléxio; um estado emancipado debe ser só estado, estado político, sem submissón a nenhuma determinaçón (relixión, propriedade, raça, xénero…). Deste modo, a luta polo casamento laico, meramente político, que non pode assumir um estado cristán, converte-se nunha luta pola emancipaçón política do estado. O texto revela, pois, que Marx ainda mantém o estado como horizonte de emancipaçón. O estado real prussiano é lugar de poder e dominaçón, mas o Estado, de acordo com o seu conceito, o estado ideal a construir é nada menos do que o lugar onde a liberdade natural se pode elevar a liberdade moral e política. Esse estado racional e universal non é lugal de opressón, mas de emancipaçón; non é lugar de priviléxios, mas de igualdade. Marx permaneceu na ilusón, ainda non suspeita que a universalidade do estado é unha forma subtil e mistificadora de defender a particularidade, unha forma eficiente de garantir o domínio.
Embora, porêm, non só, mas também. O outro dia, encontrando-me eu, recostado nos meus aposentos palacianos, e padecendo o tédio repugnante destes informativos das democracias-monárquicas, heis que de súbito “salta la chíspa, que rompe las tinieblas”! Victória Abril, em televisón, explêndida, fantástica, por inesperada. Talvés, os seus argumentos, non foram os melhores,nem os mais apropriados, Mas a sua intuiçón, a sua honestidade, e sobre tudo a sua impotência, intentando informar e salvar os seus da “Plandémia”, enfrentando cara a cara um público de mostrêngos adoutrinados. Confesso, que me conmoveu bastânte. Som estes raros momentos de beleza, que dán sentido às nossas vidas, e que aumentam um pouco a nossa estima por esta subespécie de macacos, chamados humanos. Em certo modo, fai-nos sentir que non estámos sós. E, quero por isto, agradecer a Victória Abril, que se tenha exposto publicamente desta maneira tán vehemente, e que pense que tudo vale a pena, se a alma non é pequena. E, que, non há maior orgulho que “non seguir ao abandeirado”.
A primeira assimilaçon cristán do neoplatonismo é encontrada nos padres gregos Gregório de Nissa e Dionísio Areopagita, também chamado (Pseudo-Dionísio, que entrou na escolástica através de Xoán Escoto Erígena), e no principal padre latino, Santo Agostinho. Outra influênça de primeira importância foi Aristóteles. Apesar da cronoloxia, o seu impácto foi tardío no pensamento latino, sem dúvida devido ao racionalismo e ao naturalismo, que eram dificilmente absorvidos pola teoloxía cristán. O seu domínio, no entanto, chegaría a ser hexemónico durante séculos tanto no mundo árabe como no latino. Além da sua lóxica, que, unha vez conhecida, se impón graças à sua própria maturidade até aos tempos modernos, encontramos um eco das suas doutrinas em metafísica: hilemorfismo (teoria matéria-forma ou acto-potência), primacía da substância dentro das categorias e doutrina das quatro causas (eficiente, formal, material e final) necessárias para a existência dos seres. Em psicoloxía, através da sua teoria do intelecto. Em ética, na sua concepçón da felicidade e na sua definiçón da virtude. Na sua Física, explica a natureza de um modo imanente, guiada por unha teleoloxía interna que exclui o demiurgo platónico e o posterior criacionismo monoteísta: a natureza é o princípio e a causa do movimento e repouso das cousas. O realismo da sua política bem como a sua análise dos diversos rexímes rectos e corrompidos tiveram um bom acolhimento na Idade Média a partir do século XIII, mas non tanto a sua defesa do sistema democrático como horizonte político da humanidade. Na sua cosmoloxía, parte da afirmaçón da eternidade do universo, dada a eternidade do movimento e da sua estructura hilemórfica. Distingue o mundo celeste ou supralunar do mundo sublunar, sendo aquel imutábel, imperecedeiro e rexído polo movimento circular, enquanto este é alterábel e perecíbel e caracteriza-se polo movimento rectilíneo; o nosso mundo é esférico e imóvel e está situado no centro do universo e rodeado polas esferas celestes, no final das quais se encontra o céu das estrelas fixas. Acrescentemos que a nova física de Galileu deitou por terra as bases da física e da astronomía aristotélicas, até entón comummente aceites nos meios académicos