Arquivos diarios: 17/03/2021

LITERATURA CLÁSSICA GREGA (A REVOLTA DOS MESÉNIOS)

O alzamento era inevitábel, e Tirteo convertiu-se na voz da represón. Temos a sorte de ter três poemas provocados pola guerra que poderiam estar completos, ou quase, em vintidous, deçanove e dezaseis dísticos, respectivamente. Probabelmente cantados durante as marchas com acompanhamento de flauta, expresam com viveza a ética militar espartana, o limitado conceito do “home bom” e da virtude, que subvalora tudo excepto ao soldado resolucto, um conceito notório a partir da sua resurreiçón no século V. Em tempos de Tirteo o conceito era novo. Em Homero os homes som “bons”, mas bons para algunha habilidade especial – o grito de guerra talvés, o da luta corpo a corpo, ou as curas -, non somente bons em abstracto. Da mesma maneira, a “areté” em Homero, como em Hesíodo, é a qualidade de ser bom para algo, palabra que de feito denota xeralmente êxito. A transformaçón de unha habilidade particular em critério único de valor moral, foi logro da propaganda de Tirteo. Desarrolha a definiçón no fragmento doze. A mesma natureza reflexiva desta obra, que non contêm ningunha das exhortaçóns ao combate habituais no poeta, levou a que algúns a considerem espúria. Mas, a linguaxem e os sentimentos som absoluctamente característicos de Tirteo, e resulta absurdo supôr que só era capaz de compôr elexías marciais. Que é o que fai que um home sexa humano?, pergunta o poeta. Non é a habilidade no atletismo, nem a força dos cíclopes, nem que sexa mais lixeiro que o vento do norte, mais aposto que Titôno, mais rico que Midas, mais maxestuoso que Pélope, mais eloquente que Adrasto: tudo dá igual se non tem valor!

P. E. EASTERLING E B. M. W. KNOX (EDS.)