Arquivos diarios: 06/03/2021

A FILOSOFIA ANALÍTICA

A filosofia analítica é unha das grandes correntes e estilos da filosofia contemporânea, xuntamente com a fenomenoloxía, a hermenêutica, a filosofia crítica e o pós-estructuralismo – as grandes correntes que tentam entender o complexo mundo actual. Nasceu no Reino Unido, em Viena, em Berlim e em Cracóvia, como aplicaçón dos métodos da lóxica formal à filosofia e às ciências. No início, orientou-se prioritariamente para a ciência, sob a denominaçón de positivismo lóxico, e teve grande influência na Europa Central e, desde a Primeira Guerra Mundial, nos EUA. Em contrapartida, no Reino Unido esta corrente abandonou o cientismo e centrou-se nos problemas tradicionais da filosofia, partindo sempre de unha análise dos conceitos e dos termos. Caracteriza-se, sobretudo, polo imperativo de clareza no significado dos termos filosóficos – e, neste sentido, costuma ser muito crítica com o estilo quase literário, aforístico e metafórico frequente noutras tradiçóns – e por considerar que a principal tarefa do filósofo é a análise conceptual, ou sexa, o exame das condiçóns que nos permitem aplicar conceitos às cousas. Daí que às vezes se pense que permanece encerrada na linguaxem sem chegar à realidade; por outro lado, os filósofos analíticos xulgam que o estudo dos conceitos é a forma privilexiada de entender a realidade. É actualmente a corrente dominante nos países anglo-saxónicos e nas suas grandes universidades, com unha crescente influência nos países do norte da Europa e da Europa Central. A divisón académica conduziu a unha nova forma de distinguir as correntes em duas vertentes: a “analítica” e a “continental”, na qual se integram todas as tradiçóns non analíticas (fenomenoloxia e hermenêutica, principalmente). Em xeral, no sul da Europa e nos países hispâno-americanos predomina a filosofia “continental”. Com excepçón de Russell, os filósofos analíticos non tiveram tanta proxeçón pública como os intelectuais continentais, xá que costumam limitar o seu trabalho à esfera académica.

FERNANDO BRONCANO