
O vindeiro xóves dia 17, do mes que andamos, vaise celebrar na Audiência Provincial o xuicio contra Marcial U. D. e a sua dona, Glória, ambolos dous vecinhos de Ribadetea e residentes em Portugal. O delito do que som acusados é o de votar duas vezes nas derradeiras eleiçóns municipais. Ó parecer, xá non era a primeira vez que facíam o mesmo, só que nesta feita o Partido Galeguista decatouse do truco e denunciou o caso diante de xuíz. A história dos votos dos emigrantes, que vinham todos para unha mesma candidatura é muito longa e também muito velha. Esperamos que nesta ocasión os Tribunais, fagam ver à xente que nunha democracia, o feito de votar é algo muito sério, que nada devería ter que ver com o amiguísmo, nem com os favores debidos. No próximo número, daremos conta do resultado da sentênça. Sexa el qual for, o certo é que polo menos do banco dos acusados, non os vai librar ninguém. Por algo se empeza. Noutra ocasión xá terán mais cuidado e melhor memória.
PUBLICADO NA PENEIRA (ANO I – 1984)
(NA ALDEIA DE GUILLADE, TAMBÉM FOROM CONHECIDOS DOUS CASOS SIMILÁRES PERPETRADOS POR DOUS EMIGRANTES EM LISBOA: ANTONIO G. R. E EDELMIRO G. B., ÂMBOS CONDENADOS A PAGAR APROXIMADAMENTE UNHAS 6OO.OOO PESETAS CADA UM.)