O ESTOICISMO (DIFICULDADE NA APRESENTAÇÓN XERAL)

No entanto é importante salientar que a apresentaçón global do estoicismo coloca unha dificuldade específica em relaçón às restantes escolas helenísticas: as diferenças marcantes que se foram dando ao longo do tempo no pensamento dos seus representantes. O cinismo foi um caso efémero e localizado (Atenas, séculos IV-III a. C.); apesar de se ter prolongado mais, os argumentos do escepticismo non passaram de diferentes variaçóns sobre uns poucos temas; as sucessivas xeraçóns de epicuristas mantiveram ao longo dos séculos unha literal e escrupulosa fidelidade aos ensinamentos do seu mestre e fundador, de tal modo que, se a escola tivesse sobrevivido até hoxe, certamente non se teriam produzido, mudanças substanciais na sua doutrina. Pois bem, a homoxeneidade destas três escolas non se encontra no estoicismo. Neste, a experiência prolongada da sua existência – mais de quatro séculos – alia-se à criatividade e à inovaçón intelectual dos seus principais representantes. Os três períodos que dividem a história do estoicismo están distantes no tempo e som formados por personalidades fortes, o que explica as diferenças notáveis nas diversas apresentaçóns do pensamento estoico. Na verdade, estas non eram contradictórias, mas os vários autores das três épocas optaram por desenvolver e aprofundar alguns aspectos do estoicismo em detrimento de outros e non foram poucos os que acabarom por lhes imprimir um cunho pessoal que singularizaria a particular visón de cada um. Por isso, embora sexa possíbel, lexítimo e pertinente apresentar unha visón coherente e xeral das ideias estoicas, tal como se faz no presente estudo, debe ter-se em mente que existem muito mais variaçóns nesta escola helenística do que no epicurismo, no cinismo ou no escepticismo. No que diz respeito a essas diferenças entre os vários autores, mencionamos em primeiro lugar os principais pensadores estoicos, descrevendo as suas características mais distintivas para, posteriormente, podermos abordar as ideias comuns a todos eles.

J. A. CARDONA

Deixar un comentario