Arquivos mensuais: Novembro 2020

LITERATURA CLÁSSICA GREGA (ARQUÍLOCO)

A ELEXÍA E O YAMBO

Em muitos aspectos Arquíloco é o ponto central de qualquer estudo sobre o desarrolho da literatura no século VII a. C., posto que é o primeiro escritor grego que toma quase todo o material do que pretende ser a sua própria experiência e das suas emoçóns, e non da bagaxe tradicional. Por unha coincidência feliz, esta figura central também está datada. Foi contemporâneo de Giges, rei de Lidia. Alude à destrucçón de Magnesia polos cimérios, e parece ser que estaba em idade militar. Também fala de um maravilhoso eclípse total do Sol, o qual (apesar dos recentes intentos de defender os de 711 ou 557) debeu de acontecer o dia seis de Abril de 648 a. C. Arquíloco de Paros presenta-se a si mesmo como um home de poucas ilusóns, um rebelde contra os valores e fundamentos da sociedade aristocrática na qual se encontraba. Unha explicaçón verossímil desta tensón, à que debemos grande parte do interesse da obra de Arquíloco, debe encontrar-se nas circunstâncias da sua vida. Procedia de família encumbrada. O seu avô (ou bisavô?) Telis tinha-se unido ao culto de Deméter em Tasos por finais do século VIII a. C., e haberia de ser inmortalizado em Delfos nunha grande pintura de Polignoto de Tasos. O pai do poeta, Telesicles, também conseguíu honras, como fundador da colónia de Paros em Tasos. Mas se nos fiámos de unha passaxe na qual se cita ao escritor do século V Critias criticando a Arquíloco por revelar informaçóns perxudiciais sobre sí mesmo na sua poesía, a sua nai Enipo era escrava, e a pobreza obrigou a Arquíloco a abandonar Paros e buscar fortuna no extranxeiro. Arquíloco marchou, pois, a Tasos, onde servíu como soldado – na realidade non sabemos se foi um mercenário -, e mais tarde, de volta em Paros, axudou a defender a ilha contra os ataques da vecinha Naxos. Num destes enfrentamentos foi morto por um de Naxos chamado Calondas. Por tudo o que sabemos, Arquíloco foi unha personaxe turbulenta e inclúso de má reputaçón durante a sua vida; mas depois da sua morte a sua memória foi tratada com a veneraçón relixiosa que os gregos outorgabam ós escritores de xénio.

P. E. EASTERLING E B. M. W. KNOX (EDS.)

A FILOSOFIA MEDIEVAL (A MATRIZ GREGA)

Os filósofos medievais no seu conxunto, tanto islâmicos como cristáns e xudeus, bebem de unha fonte comum, a filosofia grega. Non se trata de unha mera cópia ou repetiçón, pois nesse caso non falariamos de pensamento filosófico, mas da base de que partem e das ferramentas conceptuais que usam serem de matriz grega. O primeiro a influir na patrística foi Platón. A metafísica platónica baseada na teoria das Formas ou Ideias que constituiem a verdadeira realidade, das quais as cousas do mundo que nos rodeia som unha cópia, a sua conseguinte distinçón entre conhecimento das Formas e opinión das cousas, e as suas derivaçóns antropolóxicas (divisón tripartita da alma, eternidade da alma racional) tiveram um bom acolhimento entre os primeiros teólogos cristáns. O idealismo metafísico e o dualismo platónicos permitiam ser reelaborados mais facilmente segundo unha leitura relixiosa do que o naturalismo de Aristóteles ou o materialismo de Demócrito. O Timeu, com o seu demiurgo que ordena o caos preexistente no universo, e A República, em que as três clásses sociais (governantes, guerreiros e artesáns) estructuram o seu Estado ideal, som dous diálogos centrais na recepçón medieval do platonismo. Outra corrente filosófica relevante no medievo foi o neoplatonismo, que dominou o pensamento helénico desde meados do século III. Surxiu em Alexandria e consolidou-se com o pensador exípcio Plotino (205-270). Nas Enéadas, encontra-se condensada a sua doutrina cuxos elementos principais resumimos em seguida. Todas as cousas se reduzem a unha única causa, o Uno, infinito, ilimitado e que está além do pensamento. Por emanaçón ou irradiaçón deste primeiro princípio surxe o “Nous”, ou “Intelixência”, que contém os modelos ou arquétipos das cousas senssíbeis. E deste procede a alma do mundo, que contém um duplo aspecto, um que olha para o mundo intelixíbel e outro mais próximo do mundo natural. Há, pois, unha descida na perfeiçón dos seres até chegar no seu gráu ínfimo à matéria, onde a luz se dilui por entre as trevas. Mas existe também um caminho de regresso: através de um afastamento do corpo, da práctica do asceptismo e do exercício das virtudes, a alma pode chegar a contemplar o “Nous” e ser inundada pola luz divina no êxtase místico.

ANDRÉS MARTÍNEZ LORCA

EM NOME DE GUILLADE (SUPREMO NON ADMITE O RECURSO DO CURA)

O Tribunal Supremo non admitíu, trás estudar o recurso do cura de Guillade com relaçón às obras realizadas por este no ádro da igrexa da aldeia pontareana, fái xá dezassete anos. A decisón do alto tribunal suma-se assim à do xulgado do Contencioso-Administractivo de Pontevedra e à do Tribunal Superior de Xustiza de Galicia, que também rexeitaram a sua demanda contra o Concelho de Pontareas. Desta maneira a sentênça dictada em primeira instância resulta firme. O cura queda condenado ao pago das costas, que superam os três mil euros correspondentes às três instâncias. No ano de 2015, o actual goberno local anulou a licênça de legalizaçón das obras outorgadas polo anterior goberno de González Solla. O goberno de Xosé Represas esixíu ao cura a presentaçón de um proxecto técnico das obras do ádro que pretende legalizar, por tratar-se de um elemento protexido por Património e a intençón do cura com os seus recursos xudiciais sería eludir a apresentaçón do proxecto. Segundo o Adbogado Roberto Mera, que actualmente é “Concejal” do Concelho, mas que durante estes anos esteve presente no preito, ao igual que o Concelho de Pontareas, afirma que resulta lamentábel a actitude do cura e da diócese, que em lugar de repor o ádro ao seu estado orixinal, pretendem manter a gráve agresón cometida. Mera lamenta a “complicidade do bispo com o cura. A pesar de que os informes dos seus próprios técnicos deixarom claro desde o ano 2003 que desmontar o ádro da igrexa era unha barbaridade, o bispado está a demostrar que non tem ningunha autoridade sobre um cura que vulnera a legalidade y ofende o património histórico”. A problemática remonta-se a Agosto de 2003, quando o cura levantou o conxunto funerário situado no ádro da igrexa, sem licênça nem autorizaçón de património. Despois, Roberto Mera como tenente de alcaide, ordenou a paralizaçón das obras, mas posteriormente, com a chegada à Alcaldia de González Solla, o cura retomou e acabou por finalizar as obras de relevo do pavimento do ádro. O asunto chegou até 2008, o Concelho e a Xunta ordenarom a reposiçón do conxunto funerário, sancionando o cura. Non obstânte, em 2012 e 2015, modificando o seu critério, a Xunta e o Concello autorizarom a legalizaçón das obras sem a existência de proxecto. Com o câmbio de goberno municipal em 2015, a autorizaçón outorgada polo goberno de González Solla foi anulada, provocando o recurso xudicial do cura, que agora foi resolvido polo Tribunal Supremo, dando a razón ao actual goberno municipal. A Xunta de Goberno Local de Pontareas, outorgou ao cura um prazo de quinze dias para apresentar o proxecto de legalizaçón. No caso da sua presentaçón, será analizada a sua viabilidade, cara a unha legalizaçón. No caso contrário, de non ser possíbel, o cura deberá repor imediatamente o ádro ao seu estado orixinal, segundo informou Roberto Mera.

G. PORTO

FARO DE VIGO (VIERNES, 27 DE NOVIEMBRE DE 2020)

KANT (VIDA PRIVADA)

Passamos agora à vida privada, que, como xá dissemos, non daría propriamente para um musical. O professor Kant era um home metódico nas suas costûmes, precisas como a tecnoloxía alemán, ao extremo de se poder reconstruir minuciosamente a disciplinada xornada da sua maturidade, invariábel dia após dia, semana após semana, ano após ano. O seu criádo tinha ordens para acordá-lo às cinco; passaba a primeira hora a pensar no trabalho do dia, enquanto tomaba chá e fumaba cachimbo, e a seguir preparaba as aulas do dia, que segundo a época do ano começabam às sete ou às oito horas, e o mantinham ocupado até às nove ou às dez. Depois, escrebia até à unha, altura em que fazia a sua única refeiçón diária. Non era o almoço lixeiro de um refeitório monástico, antes consistia em bons pratos e bom vinho. As refeiçóns eram o momento ideal para satisfazer a necessidade de sociabilidade e Kant tinha sempre convidados à mesa com quem gostaba de debater durante várias horas sobre os mais variados assuntos (embora nunca sobre filosofia) e rir. Non se debatiam questóns polémicas e os ânimos nunca se exaltabam, mas, como a tantos filósofos, irritába-o que o contradigam, sobre tudo quando se trataba de algo em que tinha meditado bem e sobre o qual se consideraba mais qualificado do que o seu opositor. Um dos seus temas de conversa predilectos era a xeografia física, sobre a qual podia distender-se ilimitadamente, por vezes para esgotamento dos ouvintes. É notábel que um home que viaxou tán pouco, que mal se afastou de Königsberg durante os sete anos em que trabalhou como preceptor, gostasse tanto de geografia. Voluntariamente confinado à sua cidade natal, viaxaba com a imaxinaçón para outros lugares, que era capaz de representar com unha precisón surpreendente: aparentemente, só com observar um mapa podia visualizar os seus diversos traços físicos, como um músico que, tendo lido unha partitura, ouve dentro de si toda unha sinfonia. Como Hamlet, “poderia viver recluso nunha noz e achar-me rei do espaço infinito”. É verdade que Königsberg era, para a época, unha cidade populosa onde, como xá se dixo, o comércio fluvial internacional favorecia a presença de pessoas muito vividas e a universidade atraía xovens com interesses intelectuais, mas também é verdade que se tratába de unha cidade um pouco provinciana, situada na perifería de um grande império, dous séculos antes da invençón da Internet e das “autoestradas da comunicaçón”. Daí que Antonio Machado equipare, nos versos que encabeçam este capítulo biográfico, Kant a Tartarin, personaxem literária que empreende imaxináriamente grandes viáxens a outros continentes. Em qualquer caso, Kant gostaba das cousas assim: em “Antropoloxia de um Ponto de Vista Pragmático” escrebeu algo que, se circulasse na actualidade, aterrorizaría as companhias aéreas e daría aos ecoloxistas algunha esperança de que o exemplo fixesse escola.

JOAN SOLÉ

FÍSICA (47) (A QUARTA DIMENSÓN)

Non obstante, o efeito é muito pequeno, de unhas cento e oitenta milmilhonéssimas de segundo por volta ( e fica também algo reducido polos efeitos da diferença na gravidade, mas non necessitamos baixar a tantos detalhes). Graças ao trabalho de Einstein, os físicos derom-se conta de que postulando que a velocidade da luz é a mesma em todos os sistemas de referência, a teoría da electricidade e do magnetismo de Maxwell implica que o tempo non pode ser tratado separadamente das três dimensóns do espaço, senon que tempo e espaço están profundamente imbricados entre sí. É como se xuntáramos unha quarta dimensón “futuro/passado”, às três usuais “dereita/esquerda”, “adiante/atrás” e “arriba/abaixo”. Os físicos chamam “espaço-tempo” a este matrimónio do espaço com o tempo, e como o tempo constituie unha quarta dimensón, chamam-lhe a quarta dimensón. No espaço-tempo, o tempo xá non está separado das três dimensóns do espaço e, falando impropriamente, assím como a definiçón de dereita/ /esquerda, adiante/atrás ou arriba/abaixo dependem da orientaçón do observador, assím também a direcçón do tempo, depende da velocidade do observador. Observadores que se movem a diferêntes velocidades, escolheriam diferêntes direcçóns para o tempo dentro do espaço-tempo. Polo tanto, a teoría da relatividade especial de Einstein constituíu um novo modelo que eliminou os conceitos de “tempo absolucto” e “repouso absolucto” (é dizer, repouso com respeito a um éter fixo).

STEPHEN HAWKING E LEONARD MLODINOW

O ESTOICISMO (DIFICULDADE NA APRESENTAÇÓN XERAL)

No entanto é importante salientar que a apresentaçón global do estoicismo coloca unha dificuldade específica em relaçón às restantes escolas helenísticas: as diferenças marcantes que se foram dando ao longo do tempo no pensamento dos seus representantes. O cinismo foi um caso efémero e localizado (Atenas, séculos IV-III a. C.); apesar de se ter prolongado mais, os argumentos do escepticismo non passaram de diferentes variaçóns sobre uns poucos temas; as sucessivas xeraçóns de epicuristas mantiveram ao longo dos séculos unha literal e escrupulosa fidelidade aos ensinamentos do seu mestre e fundador, de tal modo que, se a escola tivesse sobrevivido até hoxe, certamente non se teriam produzido, mudanças substanciais na sua doutrina. Pois bem, a homoxeneidade destas três escolas non se encontra no estoicismo. Neste, a experiência prolongada da sua existência – mais de quatro séculos – alia-se à criatividade e à inovaçón intelectual dos seus principais representantes. Os três períodos que dividem a história do estoicismo están distantes no tempo e som formados por personalidades fortes, o que explica as diferenças notáveis nas diversas apresentaçóns do pensamento estoico. Na verdade, estas non eram contradictórias, mas os vários autores das três épocas optaram por desenvolver e aprofundar alguns aspectos do estoicismo em detrimento de outros e non foram poucos os que acabarom por lhes imprimir um cunho pessoal que singularizaria a particular visón de cada um. Por isso, embora sexa possíbel, lexítimo e pertinente apresentar unha visón coherente e xeral das ideias estoicas, tal como se faz no presente estudo, debe ter-se em mente que existem muito mais variaçóns nesta escola helenística do que no epicurismo, no cinismo ou no escepticismo. No que diz respeito a essas diferenças entre os vários autores, mencionamos em primeiro lugar os principais pensadores estoicos, descrevendo as suas características mais distintivas para, posteriormente, podermos abordar as ideias comuns a todos eles.

J. A. CARDONA

ESCRITORES HISPÂNOS (ANALES TOLEDANOS)

Anales toledanos. Três listas de feitos e datas que abarcam o período que vai desde o princípio do mundo até ao reinado de Fernando III. O seu único interesse é de ordem filolóxico, pois serve como exemplo do castelán inicial. Os primeiros anais forom escritos durante o reinado de Fernando III o Santo, entre 1219 e 1250. O segundo, probabelmente fora escrito por um “moro latinado”, o terceiro chegou até 1391.

OXFORD

ESCRITORES HISPÂNOS (ANALES DE LOS XAHIL)

Anales de los Xahil. Importante colecçón de lendas precolombinas e de feitos históricos da tribu Cakchiquel de Guatemala e escritos nessa fala. Também se conhece com o nome alternativo de Memorial de Tecpán-Atitlán, lugar que reivindicarom como seu. Os compiladores forom o indio Hernández Araná Xahilá e Francisco Díaz Geburá Quej. Juan Gavarrete encontrou o seu manuscrito em 1844 e foi traducído para o castelán a partir da traduçón francêsa, por José António Villacorta. A mais impressionante das lendas é a que conta a história da captura dunha princesa, que levou à guerra as tríbus Quechua e Cachikquel.

OXFORD

ESCRITORES HISPÂNOS (ANALES DE LA UNIVERSIDAD DE CHILE)

Revista fundada em 1843. Foi unha das primeiras publicaçóns Hispano-Americanas que tratou temas científicos e literários. Segue aparecendo. Unha das suas secçóns mais importantes é “Críticas y reseñas bibliográficas”, que é a principal fonte para o conhecimento da bibliografia chilena. Entre os seus editores podemos citar a Guillermo Feliu Cruz (1954-1963) e o seu sucessor Álvaro Bunster.

OXFORD

ESCRITORES HISPÂNOS (ANALES CASTELLANOS)

Anales castellanos. Duas listas de feitos e datas que cubriam a história universal e espanhola desde o ano 618 ao 1.126. Xuntos forman um dos primeiros textos escritos da fala castelán.

OXFORD

ESCRITORES HISPÂNOS (JUAN BAUTISTA AMORÓS)

Amorós, Juan Bautista (Madrid, 1856-1912). Novelista e contista que utilizou o pseudónimo de “Silvério Lanza” e foi pioneiro na ficçón psicolóxica. “El año triste” (1883) foi a sua primeira novela. As suas melhores obras forom “Ni en la vida, ni en la muerte” (escrita para atacar o caciquismo e que lhe custou um xuízo); “Mala cuna y mala fosa” e “Artuña”. Os contos forom reunidos em “Cuentecillos sin importancia” e “Cuentos para mis amigos”. Sempre excêntrico, morreu como recluso. Ramón Gómez de la Serna, que escrebeu o seu obituário e um epílogo para as suas “Páginas escogidas e inéditas” (1918), recebeu a influênça de Amorós.

OXFORD

ESCRITORES HISPÂNOS (ENRIQUE AMORIM)

Amorim, Enrique (Salto, 1900-1960). Novelista e contista uruguayo que pertenceu ao grupo “Boedo”. Quase todas as suas novelas transcorrem nas pâmpas e poboados da Arxentina. O seu estilo é sinxélo, com frequência pedestre, mas a sua imaxinaçón resulta poderosa e a sua narrativa fluie sem tropezos. A primeira novela, “Tangarupa” (1929), esteve influenciada por Horácio Quiroga, e “El paisano Aguilar” (Buenos Aires, 1934) era unha variaçón de “Don Segundo Sombra”; mas Amorim começou a encontrar o seu próprio estilo em novelas posteriores: “La edad despareja (1939), que foi unha denuncia do empobrecimento espiritual do mundo moderno; “El caballo y su sombra” (1941), sobre os conflíctos entre inmigrados e nativos; “La luna se hizo con agua” (1944); a fracassada novela de tese “La victoria no viene sola” (1952); “Zanga” (1952); “Corral abierto” (1956), sobre a relaçón entre pobreza e críme; “Todo puede suceder” (1956); “Los montaraces” (1957); “La desembocadura” (Buenos Aires, 1958), que trata de resumir a história do país simbolizándo-a na vida de um típico pioneiro; e a novela que se publicou despois da sua morte, “Eva Burgos” (Buenos Aires, 1960), sobre a traxédia dunha prostituta, a sua caída e o seu suicidio.

OXFORD

ESCRITORES HISPÂNOS (ARTURO AMBROGI)

Ambrogi, Arturo (San Salvador, 1875-1936). Xornalista e costumbrista. Em 1894, quando xá tinha publicado unha série de ensaios entitulados “Bibelots” (1893), fundou com outros companheiros “La Pluma”, revista que se adhería ao modernísmo de Darío. Mais tarde fixo-se famoso polo seu estilo vigoroso e coloquial. Os seus “Cuentos y fantasías” aparecerom em 1895. O seu libro favorito foi “El libro del trópico” (1907), no qual reuníu vários contos rexionais de alta qualidade. Viaxou por Chile e Arxentina e gozou de fama internacional, ao publicar o seu libro de viáxes “Sensaciones del Japón y de la China” (1915). Esta e outras obras suas nas que descrebe paisáxes, som de unha precisón e de um detalhismo sorprehendentes que mostram a influênça de Azorín. Foi director da Biblioteca Nacional de El Salvador de 1919 a 1925.

OXFORD

ESCRITORES HISPÂNOS (REVISTA AMAUTA)

Amauta, Revista vanguardista peruana fundada em 1926 e editada por José Carlos Mariátegui. Despois da morte deste, fixo-se cargo da revista Ricardo Martínez de la Torre, mas só logrou sacar três números. Amauta foi a revista marxista mais importante que se publicou em castelán nos seus anos. Xóvens e importantes escritores colaboravam nela, como o realista César Falcón. No primeiro número, Mariátegui declaraba que Amauta non era unha plataforma aberta a todos os ventos. Non se diría, falazmente, que se respeitabam todas as ideias. Para eles, había ideias boas e ideias malas. Non obstânte, a sua linha editorial non foi tán dogmática como a da sua contemporânea arxentina, “Claridad”, e nas suas páxinas publicarom Xavier Abril, Martín Adán e Alfredo González Prada, xunto com Vallejo, Peralta e Albert Hidalgo. Introducíu no Perú as ideias de Grosz, Freud, Shaw, Unamuno, Gorki e Trotsky.

OXFORD

ESCRITORES HISPÂNOS (RAFAEL D’AMAT DE CORTADA I DE SENT-JUST)

Amat de Cortada i de Sent-Just, Rafael D’, Barón de Maldá (Barcelona, 1746 – 1819). Autor de autobiografías. Comas considéra-o o prossista mais importante do seu tempo ( em Catalunha), mas também afirmou que o seu estilo era “molt pobre i defectuós”. As suas prolíficas memórias, que abarcam desde os anos 1769 até 1816, alcanzam os 60 volûmes que, excepçón feita de uns quantos fragmentos, permanecem em forma de manuscrito, em máns dos seus herdeiros. A obra titula-se “Calaix de sastre en que s’explicarà tot quant va succeint a Barcelona i veïnat des de mig any de 1769, a les que seguiran les dels demís anys esdevenidirs per divertiment de l’autor i de sos oients, anexes en el dit Calaix de sastre les més mínimes frioleres”. Nos fragmentos conhecidos mostra-se unha extraordinária visón da vida de Barcelona durante essa época.

OXFORD