Arquivos diarios: 26/10/2020

LITERATURA CLÁSSICA GREGA (PROOIMION)

O Corpus dos “Himnos Homéricos”, están entre as obras a miúdo atribuidas a Homero na Antiguidade. Assím, Tucídides, citando a Homero como “a melhor proba” para um xuízo histórico, cita os versos do “Himno a Apolo” como procedentes de “O proémio de Apolo”. O têrmo “proémio”, “prooimion”, era standard para estes himnos e probabelmente implica que em ocasións se dabam como preliminares de unha recitaçón épica mais larga. Nalgum momento de finais da Antiguidade, todos os himnos em hexámetros non asociados com outros famosos autores de himnos (especialmente Orfeo, Museo, Oleno e Panfo) forom reunidos com aqueles que se atribuiam especificamente a Homero para formar o corpus dos “Himnos homéricos”, que se conservarom desde o final do período medieval. Sem embargo, a verdade é que nem só um destes himnos, nem sequer os mais imponentes, podem ser de Homero, porque a sua linguáxe e estilo som derivativos, “sub-épicos”, e em algúns lugares claramente hesiódicos. A práctica de atribuir a Homero toda unha variedade de poemas em metros épicos, começou bastante cedo, xá fora por ambiçóm, ignorância, piedade ou certo sentido de pulcritude. Incluíu-se um poema sobre Tebas, a “Tebaida”, assím como componentes sem autor do “Ciclo épico”, aqueles poemas épicos curtos e derivativos que tinham sido criados para encher os intervalos deixados pola Ilíada e a Odisseia, e dos que só se conservam resumes de argumentos e uns poucos fragmentos carentes de inspiraçón. Non resulta por tanto sorprehendente que Tucídides acreditara que o “Himno a Apolo” fora de Homero, ou que se consideraram suas acríticamente outras obras similares. Talvés sexa mais intrincado saber por que Hesíodo non foi escolhido ocasionalmente como possíbel autor, posto que em “Os Trabalhos e os dias”, pretende ter ganho um concurso com um himno nos xogos funerários de Anfidamas em Eubea; e habia unha tradiçón conhecida, segundo a qual él e Homero cantaron um himno a Apolo em Delos.

P. E. EASTERLING E B. M. W. KNOX (EDS.)