Arquivos diarios: 09/10/2020

LEIBNIZ (CONSILIUM AEGIPTIACUM)

A demora da Corte de Mogúncia na sua execuçón contribuiu, sem dúvida, para o fracasso da missón diplomática de Leibniz. Desde o início de 1671 que o eleitor de Mogúncia tinha entrado em negociaçóns com a França, mas os obstáculos para que Boineburg e Leibniz fossem a França iam-se sucedendo: a morte do ministro dos Negócios Estranxeiros gaulês obrigou-os a adiar a viaxem até que Simon Arnauld de Pomponne ocupou o seu cargo em Xaneiro de 1672; mas, entón, a visita diplomática do barón xá era supérflua, pois Luís XIV tinha enviado em Decembro de 1671 um embaixador a Mainz para comunicar a sua intençón de atacar a Holanda e de pedir autorizaçón ao eleitor para que os barcos pudessem circular libremente polo Reno, bem como a sua influência sobre o imperador e os príncipes dos estados alemáns para non interferirem na disputa. Apesar de tudo, Boineburg decidiu que Leibniz apresentasse secretamente o proxecto na Corte francesa, ao mesmo tempo que se asseguraba do pagamento das rendas e da pensón que lhe eram devidas. Com este obxectivo Leibniz enviou unha breve nota ao rei, a vinte de Xaneiro de 1672, expondo-lhe as vantaxens que poderia obter de “unha certa empresa” que o autor do proxecto gostaria de poder discutir pessoalmente com um representante nomeado polo rei. Este plano de expediçón ao Exípto, que representou a primeira encomenda – e fracasso – diplomática de Leibniz, debe ter tido muita importância para o nosso autor, pois, apesar da situaçón adversa, non abandonou a causa, centrando-se entón na salvaçón da Alemanha na disputa através de unha resoluçón de paz com a Holanda, e, em Outubro de 1672, elaborou um documento mais detalhado, que intitulou “Consilium aegiptiacum”, com o obxectivo de que Boineburg o discutisse com o eleitor de Mogúncia.

CONCHA ROLDÁN