
Finalmente, 1983 é o ano da fundaçón do Collège Internacional de Philosophie, um centro que Derrida quer nos antípodas do coléxio de elite, nem sequer de ensino superior. Do que se tratava era de abrir-se às “provocaçóns mais irruptivas das “ciências”, das “técnicas”, das “artes”.” E declaraba a esse respeito (entrevista concedida a J. L. Thiébaut, 1983) que no Collège non haberia “nenhuma cátedra, nenhum cargo permanente, apenas contractos de duraçón relativamente breve. Ou sexa: unha estructura leve, companheirismo, mobilidade, abertura, diversidade, prioridade especial às investigaçóns insuficientemente “lexitimadas”, ou muito pouco desenvolvidas em instituiçóns francesas ou estranxeiras…”. Três anos antes, em junho de 1980, Derrida apresentou a sua tese de doutoramento, unha compilaçón de dez textos seus sob o título L’Inscription de la Philosophie: Recherches sur l’Interprétation de l’Écriture (A Inscripçón da Filosofia: Investigaçóns sobre a Interpretaçón da Escrita). Aí, depois de expor o trabalho de vinte anos, concluirá a sua defesa levando a própria noçón de defesa à sua aporia: “Tudo o que foi dito soou ainda demasiado ao balanço de unha contabilidade, unha autoxustificaçón, um autossustentar-se, unha autodefesa. Nela, ouviu-se falar demasiado de estratéxias… (mas a minha) era unha estratéxia sem finalidade. A estratéxia sem finalidade – pois sustento-me nela e ela sustenta-me -, a estratéxia aleatória de quem confessa non saber aonde vai, non é pois, afinal, unha operaçón de guerra nem um discurso da belixerância. Quereria que fosse também, como a precipitaçón sem rodeios rumo ao obxectivo, unha prazenteira contradiçón de si, um desexo desarmado, isto é, unha cousa muito velha e muito astuta, mas que também acaba de nascer, e que goza estando indefesa”. Como non podia ser de outro modo, este aspecto institucional do seu percurso tem ficado rexistado unha vasta série de publicaçóns, entre as quais cabe destacar A Filosofia como Instituiçón (1984), Do Direito à Filosofia (1990), O Direito à Filosofia do Ponto de Vista Cosmopolita (1997) e A Universidade sem Condiçón (2001).
MIGUEL MOREY
