Arquivos diarios: 21/04/2020

¡¡VENTE A ALEMANIA PEPE!!

Em lugar de ir-me a Alemanha, seguindo os conselhos do Salustiano e do Salva, esperéi que a Alemanha vinhera a mím; e fixo-se pressente na costa catalán de Canet de Mar. A Alemanha de aquí tinha muito pouco, ou quase nada, da disciplina que eloxiabam os emigrantes; a Alemanha de aquí, a que chegaba em autocarros e em rebanho, era o desmadre da borracheira e da fornicaçón. Decía o Salustiano que aquilo era o paraíso e que as alemáns andabam sempre desbragadas, faróis e fantasías de um zaloio de Castela. O mais seguro era que o “arbeiten arbeiten arbeiten”, non lhes deixara tempo para nada; ou sexa, dar o calo de contínuo. Unha cervexa de vez em quando e a cascála. As missivas do Salvador Barón eram mais contídas e menos fantasiosas que as de Salustiano García. Notabase-lhe que tragaba a amargura e que, de non ser polo medo a voltar à sua terra com o rabo entre as pernas, xá tería deixado aquilo aos poucos dias de chegar. Estas cartas meterom-me o desexo de conhecer os focos xermânicos de Canet e seus arredores. Um pouco mais arriba, na Costa Brava, por onde as montanhas parecem cair no mar, debería de haber outros focos mais discretos e menos bullangeiros; polo menos isso decíam os que conheciam os “intríngulis” mais segredos da costa. Xente de vida social pechada e restrinxida, prófugos acaso de unha derrota, postos de rendistas ou xubilados. Ou de industriais hoteleiros. Ás vezes, nalgúm sítio afín a eles soltabas, como sem querer, Nuremberg e producía-se um silêncio de pedra. O Villán, que andaba de transeúnte polo mundo, sem ánimo de enrraizar nalgo fixo, estaba obsesionado com este assunto, e em qualquer signo vislumbraba unha cruz gamada. Eu conhecia um pouco ó Villán dos infaustos dias da Laboral de Tarragona. Mal lhe iba a ir por Canet, em questón de fornicaçóns, se em cada teta e cada cono divisaba unha esvástica. Imaxinar swásticas em zonas tán tórridas do corpo humano cortaba um pouco, ainda que a certos viciossos lhes puidéra por “cachondos”. Como eu tinha adquirido certa relevância, pese à minha vida pouco exemplar, tivem ocasión de enchufá-lo como lavapratos no Hotel San Carlos. Por entón, e suponho que também agora, eu era um ser contradictório. Impunha-me certas regras de xogo que, unha vez determinadas, cumpría a “rajatabla”; o mau era quando essas regras non coincidíam com as regras dos demais. Ahí sobrevinha um duro problema de adaptaçón ó meio, circunstância da qual sempre saía escaldado. A contradiçón estaba em que aceitaba as minhas regras, mas desdenhaba as que me impunham os demais.

JAVIER VILLÁN E DAVID OURO