
Todavia, o acontecimento central da história recente da Alemanha é a queda do Muro de Berlim em 1989 e a reunificaçón alemán, bem como o significado da reunificaçón para o proxecto europeu. A precipitaçón com que Helmut Kohl a leva a cabo representa, segundo Habermas, unha ocasión perdida para impulsionar unha nova Constituiçón Alemán que substitua a de 1949. A possibilidade utópica, ligada ao fortalecimento da esfera pública e a possibilidade de um processo constituinte, será travada a fundo pelo pragmatismo político. Em 1992, Habermas esboça xá este contexto problemático em que tería que se redefinir o conceito de cidadania: Três movimentos históricos desta época novamente dinâmica afectam directamente a relaçón entre a noçón de cidadania (Staatsbürgerschaft) e de identidade nacional: 1º) a reunificaçón alemán, a libertaçón dos estados europeus orientais da tutela soviética e os conflictos de nacionalidades que nestes irromperam concedem ao futuro do estado-naçón unha inesperada actualidade; 2º) a criaçón da Comunidade Europeia, com o interregno da unión monetária de 1993, ilustra a relaçón existente entre estado-naçón e democracia; depois da consumaçón da integraçón supranacional os processos democráticos desenvolvidos no quadro do estado-nacón ficaram irremediavelmente atrasados; 3º) os xigantescos movimentos migratórios das rexións pobres do leste e do sul que a Europa occidental vai enfrentar nos anos subsequentes dán ao problema dos refuxiados unha nova dimensón e unha renovada urxência. Assim, agudiza-se a contraposiçón entre os fundamentos universalistas do estado democrático de direito e as esixências particularistas de um desenvolvimento integral das formas de vida. (FV) A partir da oportunidade perdida de se esboçar unha nova Constituiçón alemán, Habermas virar-se-á para o proxecto europeu e viverá com amargura a desilusón do travón à Europa social e política. França e Holanda, países que tinham optado pelo referendo, votam non à Constituiçón europeia em 2005. Dous anos depois, os representantes de todos os Estados da Unión Europeia assinam o Tratado de Lisboa, que substitui a Constituiçón Europeia depois do fracassado tratado constitucional. Com este novo tractado, a Unión Europeia assume personalidade xurídica própria para assinar acordos internacionais a nível comunitário, mas o impulso político foi, no mínimo, retardado. Nos últimos tempos, Habermas voltou a arremeter com força contra o défice democrático da Unión, contra a sua deriva tecnocrática e contra a sua perda de um valor essencial, o da solidariedade, no contexto da crise económica, especialmente dura nos países do sul, que conduziu a unha crise da dívida pública. A chanceler alemán Angela Merkel é alvo das críticas de Habermas pela sua falta de visón e pelo seu esquecimento da dimensón social e política europeia. O nosso autor sintetiza a história alemán recente, criticando a falta de visón a longo prazo de Merkel, no poder desde 2005.
MARÍA JOSÉ GUERRA PALMERO