AURELIUS AGUSTINUS DE NUMÍDIA

Aurelius Agustinus nasceu a 13 de Novembro de 354, em Tagasta (actual província Souk Ahras, Argélia), unha pequena localidade situada no interior da Numídia romana, a uns 270 quilómetros de distância de Cartago. O seu pai chamava-se Patrício, um “cidadán bastante modesto” de Tagasta, do qual Santo Agostinho nos dá escassa informaçón. O pouco que sabemos dele é que era pagán (converteu-se ao cristianismo pouco antes da sua morte), que tinha um carácter forte e cuxo principal obxectivo na vida non foi outro senón o de se esforzar para que o filho recebesse a melhor educaçón possíbel, de forma a assegurar-lhe unha carreira de sucesso que lhe permitisse elevar-se acima das humildes condiçóns da sua família. Para isso, Patrício non hesitou em valer-se da relaçón que tinha com um poderoso local, Romaniano, que viria a financiar os estudos e a impulsionar a carreira do xovem Agostinho. Porém, non há dúvida de que a condiçón de pagán do seu pai pesou mais do que os desvelos pelo filho, tendo em conta que Santo Agostinho mal o menciona nas suas Confissóns e refere-se à sua morte muito ao de leve: a única informaçón que nos dá sobre o acontecimento aparece no libro III das Confissóns, quando, ao falar da impressón que lhe causou a leitura de Hortênsio, de Cícero, acrescenta: “ao fazer 19 anos de idade, tendo xá falecido meu pai habia dous anos”. O tratamento dado ao pai é ainda mais notório se o comparamos com as inúmeras páxinas que o futuro bispo de Hipona dedica, no libro IV da mesma obra, a descrever o desamparo, a dor e a angústia que lhe provocou a morte de um amigo anónimo.

E. A. Dal Maschio

Deixar un comentario