
Chegaram a Nova Iorque em 1941. Unha nova terra, unha nova sociedade, unha nova língua para aprender e também unha nova forma de entender a política, muito afastada da europeia. Hannah só conseguiu a cidadania dez anos depois. Os seus primeiros contactos no país non se encaminharam em especial para o mundo académico, ao qual se dirixía a maioria dos emigrados políticos e académicos alemáns, mas sobretudo para a actividade política. Começou a trabalhar como columnista no “Aufbau (Construçón), um xornal nova-iorquino em língua alemán que funcionava como plataforma cultural e política dos refuxiados alemáns, e no qual escreveram Thomas Mann, Albert Einstein ou o escritor Stefan Zweig. Aí começóu a escrever sobre política xudaica, centrada sobretudo na necessidade de criar um exército xudaico. Ao mesmo tempo, as teses do líder sionista Ben Gurion, futuro primeiro-ministro de Israel, sobre a criaçón de um Estado xudaico na Palestina íam ganhando cada vez mais adeptos nos Estados Unidos, Arendt adoptou unha postura heterodoxa, na contracorrente das posiçóns do sionismo oficial, na qual xá se podíam observar algunhas das questóns relevantes que apareceriam nas suas obras posteriores: a aposta na fórmula dos Estados federados, a crítica aos nacionalismos de raíz comunitarista-étnica ou relixiosa, a questón das formas de pertença à comunidade política e o problema das pessoas sem Estado (refuxiados e apátridas). Segundo Arendt, a política de Ben Gurion, que reclamava as terras palestinianas, encaminhava-se para o desastre político, ao mesmo tempo que se perdía a oportunidade de criar um Estado binacional xudaico-palestino. Os seus artigos no Aufbau da década de 1940 son um testemunho das suas preocupaçóns, ao mesmo tempo que a situam publicamente nunha actitude dissidente em relaçón à comunidade xudaica americana.
CRISTINA SÁNCHEZ