FRANCES HOWARD

Quando a xovem, que chegou enmascarada e acompanhada por unha servinte, descobríu o rostro, a experta em almidonados pensou que xamais tinha visto unha beleza comparábel com aquela e ficou confundida. Quince anos, um rostro fermoso e em que cada rasgo presentaba a mais absolucta perfeiçón, unhs olhos fascinantes de um azul verdoso tornasolado, unha massa sedosa de cabelos quase prateados de puro rúibos, a têz mais fina que se poida imaxinar, e um corpo alto, esbelto que parecía moldurado. Frances Howard, condesa de Essex, estaba extraordinariamente desarrolhada para a sua idade. “Desde Elena de Troia non se víu xamais unha beleza como ésta – pensou a senhora Turner – Queira o céu que non traga tantas desgráças…” Y perguntou humildemente à sua nobre visitante que desexába. Ésta quería dous filtros, um para conquistar um home e o segundo para afuxentar a outro. ¿Conquistar a um home? – exclamou a senhora Turner, sinceramente sorpreendida -. Mas milady, ¿que filtro mais poderoso que vós mesma podo eu oferecer? Os debería bastar com mostrárvos… A fermosa Frances, agradeceu debidamente o cumprimento. ¿Quem sabe? – replicou, encolhendo-se de hombros -, ¡Os homes som tán extranhos! Quero xogar sobre seguro. E seguidamente se explicou: dous anos antes – quando ela só contaba treze anos – a xovem Frances Howard foi casada, por razóns políticas, com o non menos novo Robert Devereux, conde de Essex, que ainda non tinha cumprido os quinze. Era o filho do célebre favorito da grande Isabel, cuxa presunçón o levou ó cadalso, mas cuxa família conservou riqueza e poderío. O arrogante conde de Norfolk, pai de Frances, e o seu tío, Nottingham, quixéron este matrimónio, que foi celebrado, mas nón, em vista da idade de ambos esposos, consumado. Frances regresou para xunto das suas bonecas, mentras Robert partía para efectuar a volta à Europa que entón completaba obrigatoriamente toda educaçón de um inglês bem nascido. Durante algúm tempo a xovem desposada sonhou com aquel marido xovem e seductor ó que ela apenas tinha entrevisto e esperou com impaciência o seu regreso. Mas um acontecimento recente tinha transtornado, à véz que a sua vida o seu corazón: Um mes antes, o rei Jacobo I, filho de María Estuardo, que non apreciaba muito as mulheres, mas sim em câmbio, aos xentil-homes xóvens e apostos, tinha celebrado um torneo em honra do seu favorito do momento, o seductor lord Hay, que tinha regressado de unha embaixada a França. Resultou que, montando num fogoso cabalo, um xovem precedía ò embaixador, seu dono, e levaba o escudo deste. Tratába-se de um escoçês de vinte anos, Robert Carr, tán bem prantado, que o rei esqueceu logo a lord Hay e só pensou no escudeiro. De pronto, o cabalo do escoçés encabritou-se e desmontou o xinete, que caíu no chán e rompeu unha perna. Sem disimular a sua grande axitaçón, Jacobo I correu-se a axudar o ferido. Fixo que o trasladaram ó palácio e que o cuidara o seu próprio médico, e durante oito dias Robert Carr, non recebeu mais visitas que as do seu soberano. O seu favor foi tán súbito como fulgurante. Quando recuperou o uso da perna, o modesto Robert Carr era xá Vizconde de Rochester e, nas semanas que seguiron, choveu sobre el um verdadeiro alûde de réxios presentes. Em breve tempo, foi secretário privado e cabaleiro da Xarreteira, recebeu pensón e castelos, e pronto non houbo ninguém em Inglaterra que ignorara que o rei estaba louco por el. O amor non tinha invadido tán só o débil monarca, senón que había feito pressa também em lady Essex: unha só mirada lhe tinha bastado a Frances, para decidir que xamais amaría a outro home, que non fora aquél e para xurar que sería súa. Mas, para semelhante empresa necesitaba aliádos e, polo tanto, confiou os seus cuidados ó seu tío Nottingham, mais que indulxente com a sua linda sobrinha e que, ademais consideraba boa política, estar de boas relaçóns com o novo favorito. Foi polo que enviou Frances xunto da Senhora Turner. Ésta escuitou com a maior atençón a sua visitante e, unha vez terminada a exposiçón, limitou-se a perguntar a quém destinaba o segundo filtro. ¡A meu esposo! – contestou Frances. Este debería regressar dentro de dous ou três meses, e ela non podería soportar nim sequera a ideia do contacto – . ¡Non quero que me ame! ¡A ningúm preço!

JULIETTE BENZONI

Deixar un comentario