.
Tradicionalmente, aos que non aceitam o “realismo” son chamados “antirrealistas”. Os antirrealistas diferencíam entre o conhecimento empírico e o conhecimento teórico. E sostenhem que as observaçóns e experimentos tenhem sentido, mas que as teorías non son mais que instrumentos úteis, que non encarnam verdades mais profundas que transcendam os fenómenos observados. Alguns antirrealistas quixerón inclúso restrinxir a ciência às cousas que podem ser observadas. Por ésta razón, muitos no século XIX, rexeitarom a ideia do átomo, a partir do argumento de que nunca poderíamos ver ningúm. George Berkeley (1685-1753) foi inclúso tán alá que, afirmou que non existe nada mais que a mente e as suas ideias. Quando um amigo fixo notar ó escritor e lexicógrafo inglês Samuel Johnson (1709-1784) que, possibelmente a afirmaçón de Berkeley non podía ser refutada, diz-se que Johnson respondeu subindo a unha grande pedra para, despois de dar-lhe a ésta unha patada, proclamar: “Refuto-o así”. Naturalmente, a dor que Johnson experimentou no seu pé, também era unha ideia da sua mente, de maneira que na realidade nón estaba refutando as ideias de Berkeley. Mas, essa reacçón ilustra o ponto de vista do filósofo David Hume (1711-1776), que escrebeu que a pesar de que non temos garantias racionais para crer nunha realidade obxectiva, e non nos queda outra opçón senón actuar como se dita realidade fora verdadeira. O “realismo dependente do modelo”, zanga todos estes debates e polémicas entre as escolas “realistas” e “antirrealistas”. Segundo o “realismo dependente do modelo”, carece de sentido perguntar se um modelo é real ou non; só têm sentido perguntar se concorda ou non com as observaçóns, como a imaxém do peixe e a nossa, non se pode afirmar que unha sexa mais real que a outra. Podemos usar o modelo que nos resulte mais conveniente na situaçón na que estexamos considerando. Por exemplo, se estivéramos no interior do aquário, a imaxem do peixe resultaría útil, mas para os observadores do exterior resultaría mais incómodo descreber os acontecimentos de unha galáxia lonxana, no marco de unha peixeira situada na Terra, especialmente porque o aquário desprazaría-se à medida que a Terra orbita ó redor do Sol e xira sobre o seu eixo. Faremos modelos em ciência, mas também na vida corrente. O “realismo dependente do modelo” aplica-se non só ós modelos científicos, senón também aos modelos mentais conscientes ou subconscientes, que todos criámos para interpretar e compreender o mundo quotidiano. Non há maneira de eliminar o observador – nós – da nossa percepçón do mundo, criáda polo nosso procesamento sensorial e pola maneira em que pensamos e razoámos. A nossa percepçón – e polo tanto as observaçóns sobre as quais se fundamentam as nossas teorías – non é directa, senón mais bem conformada por unha espécie de lente, a saber, a estructura interprectativa dos nossos cerébros humanos.
stephen hawking e leonard mlodinow
Publicado en Uncategorized