Arquivos diarios: 29/01/2019

BERKELEY (A REVOLUÇÓN GLORIOSA)

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               É indubitábel que, tal como na França do Iluminismo, o século XVIII tenha implicado um impressionante período de desenvolvimento cultural para a Grán-Bretanha, motivado em grande medida pelo novo contexto político que se abriu nas ilhas a partir da revoluçón de 1688.  Por isso, ao referirmos o século XVIII, o Grande Século, como foi designado pelo historiador francês Jules Michelet, é necessário dizer que em Inglaterra essa centúria nasceu prematuramente, porventura com a revoluçón que inaugurou um novo período histórico.  Tudo começou com um confronto entre a burguesía emerxente e a nobreza da velha guarda por causa da nova riqueza xerada pelo comércio e a expansón colonial.  Ao longo do século XVII, a fortuna dos burgueses tinha aumentado em proporçón directa com a perda de rendimentos dos nobres proprietários de terras.  O problema era real, na sua  acepçón mais monárquica, xá que a Coroa non conseguia acompanhar o ritmo de enriquecimento da burguesía e temía, com razón, que isso se pudesse traduzir nunha irreversíbel perda de poder.  O rei Carlos I optou por criar novos impostos e reforçar os xá existentes, além de esixir parte do lucro comercial que o Império britânico proporcionaba aos burgueses.  O Parlamento negou-se a aplicá-los, alegando a falta de garantias para unha boa xestón dos novos impostos, mas a monarquia prosseguiu e ignorou a decisón parlamentar.  A luta pelo poder transformou-se nunha guerra real a partir de 1642 e terminou com a decapitaçón do monarca em 1649, a expulsón dos nobres do Parlamento e a proclamaçón da República.

 

luis alfonso iglesias huelga