HANNAH ARENDT (NOVO MARIDO)

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               Na sua nova vida em París, Hannah conheceu aquele que sería o seu novo marido, o berlinense Heinrich Blücher, um xornalista exilado que fora um membro destacado do KPD (Partido Comunista Alemán) e com quem entrou em contacto com as versóns mais ortodoxas do marxismo.  Casaram-se em París em 1940.  Nesse mesmo ano, o governo francês decretou o internamento em campos de concentraçón dos refuxiádos procedentes da Alemanha, como “inimigos extranxeiros”.  Arendt foi transferida para o campo de internamento de mulheres de Gurs, o maior de França, situado nos Pirenéus atlânticos, perto da fronteira espanhola.  Este campo fora construído para enclausurar os refuxiádos espanhóis republicanos e, posteriormente, as mulheres xudías residentes em França.  Hannah ficou aí cinco semanas, após as quais, aproveitando o caos administractivo provocado pela chegada a París do exército alemán, conseguiu obter os documentos necessários para fuxir.  As outras mulheres que aí se encontravam e non o conseguirom fazer seríam, algum tempo depois, transferidas para os campos de extermínio.  A partir desse momento, Arendt e Blücher começaram a empreender o caminho da fuga ao longo de um percurso seguido por exilados, através de unha Europa que fechava as suas fronteiras, na busca do tán desexado vissado que lhes permitisse embarcar para os Estados Unidos: Marselha, Lisboa e, por fím, Nova Iorque eram as cidades no traxecto do exílio.

cristina sánchez

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