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Os filósofos, desde Platón até hoxe, tenhem discutido ó largo dos séculos sobre a natureza da realidade. A ciência clássica está basseada na crênça de que existe um mundo real externo cuxas propriedades som definitivas e independêntes do observador que as percibe. Segundo a ciência clássica, certos obxectos existem e tenhem propriedades físicas, tais como velocidade e massa, com valores bem definidos. Nessa visón, as nossas teorías som intentos de descreber ditos obxectos e as suas propriedades, e as nossas medidas e percepçóns correspondem-se com eles. Tanto o observador como o observado som partes de um mundo que têm unha existência obxectiva, e qualquer distinçón entre ambos non têm importância significativa. Em outras palabras, se vemos unha manada de cebras competindo por unha praza num garaxe. Todos os outros observadores que olharam mediríam as mesmas propriedades e a manada tería aquelas propriedades, houbera ou non alguém que as observara. Em filosofía, esta crênça é denominada “realismo”. Aínda que o realismo pode resultar unha posiçón tentadora, o que sabemos da física moderna fái difícil defendê-lo, como veremos posteriormente. Por exemplo, segundo os principios da física quântica, que é unha descripçón muito precisa da natureza, unha partícula non têm nem unha posiçón definida nem unha velocidade defenida, a non ser que – e até o momento em que – ditas magnitudes sexan medidas por um observador. Polo tanto, non é correcto dicer que unha mediçón dá um certo resultado porque a magnitude que está sendo medida têm aquel valor no instânte de efectuá-la. De feito, em alguns casos os obxectos individuais nem sequer tenhem unha existência independênte, senón tán só existem como unha parte de um conxunto. E se unha teoría denominada “principio holográfico” demostra ser correcta, nós e o nosso mundo quadridimensional poderíamos ser sombras da fronteira de um espaço-tempo maior, de cinco dimensóns. Em dito caso, o nosso estatus no universo sería literalmente análogo ó dos peixinhos do exemplo inicial. Os realistas estrictos a miudo argumentam que a demostraçón de que as teorías científicas representan a realidade radica nos seus éxitos. Mas diferentes teorías podem descreber satisfactoriamente o mesmo fenómeno através de marcos conceptuais diferentes. De feito, muitas teorías que tinham demostrado ser satisfactórias forom substituidas posteriormente por outras teorías igualmente satisfactórias basseadas em conceitos completamente novos da realidade.
stephen hawking e leonard mlodinow
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