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Ludwig Wittgenstein revolucionou a história do pensamento em duas ocasións. Por isso se distinguem claramente duas fases na sua filosofía: a que corresponde à teoría figurativa do significado e a que xira à volta da máxima “o significado de unha palabra está no uso”. A primeira fase corresponde ao Tractatus loxico-philosophicus, a única obra de filosofía que publicou em vida. A teoría figurativa do significado estabelece unha correspondência entre a forma da linguaxem e a forma do mundo que a lóxica sería capaz de pôr em evidência, de “mostrar”, graças às suas proposiçóns tautolóxicas, que nada dizem sobre o mundo, mas que o imaxinam. A honestidade do seu trabalho filosófico foi tal que, na sua segunda fase, non hesitou no momento de deitar por terra a dita correspondência, que muitos aínda veneravam e que ele mesmo tinha entendido como ponto final da filosofía. O fruto mais grandioso da sua segunda fase é constituído pelas Investigaçóns Filosóficas a segunda obra da sua vida, na qual trabalhou durante um total de vinte anos e que apenas sería publicada dous anos após a sua morte (em 1951). Nessa obra desmontou a ideia de que o significado de unha palabra era algo imutável que a acompanhava sempre. O significado de unha palabra estaría no uso que dela se faz num determinado contexto linguístico (e em que de unha mesma palabra se podíam fazer diversas utilizaçóns). Excêntrico por natureza e por própria imposiçón moral, definiu as bases das duas obras no meio de unha solidón tán desexada como sofrida dum fiorde norueguês.
carla carmona
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