ÉMILE ZOLA (O NATURALISMO)

.

               O Naturalismo como fenómeno literário conmoveu o mundo inteiro nas últimas décadas do século XIX,  e tivo um éxito e unha difusón popular extraordinários.  Nasceu como unha sistematizaçón da corrente realista francesa, que vai de Balzác ós Goncourt, passando por Flaubert, e aínda que o chefe désta escola, Émile Zola, esté muito por baixo dos seus mestres, talvez a sua mesma mentalidade simplificadora permite ter unha resonância que non tinham chegado a ter os escritores nos que el se inspiraba.  Zola non é um grande criador como Balzac, nem um grande artista como Flaubert, mas soubo forxar unha doutrina literária que deslumbrou como talvez non o tinham feito os grandes românces dos seus antecessores.  O naturalismo vêm a ser um realismo dogmatizado, com pretensóns de ciência, de verdade absolucta e definitiva que conduce a observaçón da realidade a uns extremos nos que o real fai-se teoría, sistema, tése.  Zola estaba convencido de que a sua maneira de entender a literatura era unha espécie de panaceia universal, um “non plus ultra” fundamentado no mais sólido terreno científico, esse engreimento, irmán das actitudes contemporâneas do positivismo, têm unha tonalidade entre inxénua e antipática, mas a importância histórica dos naturalistas é muito grande, mais que por legar á posteridade obras importantes, por ter explorado até ás últimas consequências toda unha óptica narrativa.  O pai do naturalismo, Émile Zola, nasceu em París em 1840, mas non viría a viver na capital até dezoito anos despois.  O seu pai, François Zola, era um enxenheiro italiano que estaba construindo um canal em Aix-en-Provence, e foi em Aix onde o futuro escritor passou a sua infância e adolescência.  O pai morreu quando el tinha sete anos, e para a família comezarón maus tempos e contínuos problemas económicos.  O pequeno, que sonhaba com a literatura e lia com paixón os poetas românticos – Lamartine, Hugo e Musset, son os seus ídolos -, impregna-se do âmbiente da campinha provenzal, que sempre recordaría com nostalxía, e traba íntima amizade com o filho de um banqueiro de Aix, Paul Cezanne, que também habería de ser famoso como um dos mais grandes pintores.  Em 1858 os Zola instalan-se em París, mas para o xovem Émile a adaptacón à sua nova vida resulta muito penosa, no coléxio rian-se do seu acento do sul e de um defeito de pronunciaçón que lhe facía transformar os esses em efes, era um provinciano pobre, torpe e desambientado.  Por duas veces fracasa no seu intento de aprobar a secundária e têm que comezar a trabalhar.  O primeiro emprego na Aduana resulta-lhe insuportábel e renuncía a el ao cabo de dous meses.  Seguem dous anos completos de bohêmia literária, vivendo nunha buhardilha, e alimentando-se quase exclusivamente de pan untado em azeite e alho.  Sustenhem-no a confiânça que têm em sí mesmo e unha enorme tenacidade, e non duvida que acabará sendo escritor.

r. b. a. editores, s. a. – barcelona

.

Deixar un comentario