OS RUFIÁNS

.

               Unha vergonha pública, eram os rufiáns, que usabam da ganância das suas coimas.  Quem as tinham em casas de trato, e decíam que tinham a coima no cerco, ou a vaca na devessa.  Había quem dispunha de mais de unha.  Assím o aponta Cervantes no “El Rufián Dichoso”:

El tener en la debesa

Dos vacas e a veces tres…

               Assím mesmo o refrán que Cervantes pon em boca de Sancho:  “Cada puta hila, y comamos” era um dictado rufianesco, pois fiar tinha o significado que os leitores suponhem.  O rufián, podía ser agressivo e, habitualmente eram as mulheres farto massoquistas.  Assím, num românce de Jerónimo de Cárcer, dí unha delas a quem o seu galán puxo as carnes como amapola: 

El galán que pega, amiga,

Antes obliga que agrávia;

Que el rato que abofetea

Trae a una nujer en palmas.

               O mundo do burdel e do xogo, e aínda o do críme se confundíam.  E advirte-se em toda a obra satírica de Quevedo.  Curiosa é a costume de que unha ramera poida librar a um condenado à morte, se quando o levavam ó suplício se oferecía para casar-se com el.  O que aparece em numerosos românces, sonetos, continhos e reflexóns morais.  Nalgúns autores, tenhem-no por costûme francesa, porque o certo é que xá Montaigne alude a isto nos seus “Ensaios”.  Mas, certos gráves tratadistas duvidam, por outra parte, non se rastreou, que eu saiba, ningunha léi escrita que abone ésta costûme.  Um viaxeiro alemán, Conrado Von Bemelberg, afirma  que no que mais se dilapidaba na Espanha do Século d’Ouro, excluíndo o que se derrotaba em vestidos, mulheres e cabalos, era nos xogos de azar.  Testemunha, que os xogos de cartas e os de dados, eram elementos que non faltabam nunca nos burdeis e isto explica fácilmente que estes foram asílo e guarida de toda sorte de maldades e delitos.  Até aquí, estas breves notas sobre o xogo no Século d’Ouro.  Non xulgamos necessário advertir, que neste caso somente apresentamos o revés da sociedade espanhola.  E quixéramos acabar este pequeno ensaio fazendo nossa a frase de um hispanista Ludwig Pfandl, que afirmaba na sua “Introduçón ao Século de Ouro”:  “Espanha foi sempre um país de contrástes, sobra luz, idealismo e realismo.  Se por unha parte a relixiossidade se manifestaba com um ímpetu e vehemência cordial e sem precedentes, por outra parte a moralidade pública, era um reflexo das paixóns e a innata predisposiçón à facilidade para dar ouvidos à sangre impectuosa…”

ramon fernandez pickford

Deixar un comentario