OS VASCOS DE AMAYA

.

               A história do país Vasco no século VIII, quem era realmente García Ximénez?  Que há de certo no românce de Navarro Villoslada “Amaya ou os Vascos do século VIII”?  A este problema busca-se a soluçón por duas vías diferentes – a histórica e a novelesca – e esixe unha aclaraçón prévia: o control de um território polo poder, é um fenómeno relativamente recente e de aí que quando se fala que determinada zona estaba no marco de um reino ou condado, non excluímos que nessa zona os seus habitantes gozaram de unha real autonomia.  Este é o caso dos vascos que, apesar das sucessivas invasóns, conservaram a sua idiosincrásia.  Pertenciam xuridicamente ás zonas administractivas criadas polas autoridades, mas de feito mantinham a sua organizaçón peculiar.  Ésta parece a situaçón do século VIII.  Apesar da invasón islâmica, o esquema vasco manteve-se com pouco detrimento para a sua personalidade.  Na zona de confluência de intereses francos, do reino das Astúrias (com os seus restos godos), e da expansón de caudilhos que tinham certa autonomia respeito do Emirato, desarrolhaba-se a traxectória do País Vasco, que estamos simplificando ó máximo. mas que remitimos como ampliaçón para a obra “Vascos e Navarros na sua Primeira História”, do professor Claudio Sánchez Albornoz, publicada em Madrid por Editorial Centro, em 1974.  Num principio o actual País Vasco,  quedou dividido a finais do século VIII em duas zonas de influência.  Unha era a área de expansón do reino das Astúrias e a outra a do que sería reino de Navarra.  Este reino compreendia, nos séculos VIII-IX, unha série de condados que lutavam por medrar na sua base e consolidar a sua soberanía frente a francos, árabes, e à família Banu Qasí.  Neste período, obxecto de contínuas revisóns, pola apariçón de novos dactos, podemos citar a García Ximénez, cuxa autenticidade é discutida por algúns autores.  Possivelmente fora senhor de algúm condado – rexente de todo o reino, segundo outros – e tería desposado a Íñiga Rebuelle, senhora de Sanguesa, e á morte desta, a dona Daidilis, irmán de Raimundo I, conde de Pallars e Ribagorza, que incluía Sobrarbe.  Deste enlace nascería Sancho Garçês, que reinou de 905 ó 925.  A presença de García Ximénez mascara, segundo os estudosos na matéria, a apariçón de unha nova dinastía Ximena, que reemprazaría a Íñiga, a orixinal do reino.  Neste processo estaríam presentes os intereses do xá poderoso reino de León. Sobre este período versa o românce histórico de Francisco Navarro de Villoslada, “Amaya ou os Vascos do Século VIII”.  Debemos precisar que Navarro masceu e morreu em Viana (1818-1895), e foi colaborador destacado do pretendente carlista, Carlos VII, e um eficaz propagandista das causas tradicionalistas.  Amaya, descendente do lexendário fundador de Vascongadas, Aitor, non representa só a luta do País Vasco pola sua independencia frente ós invasores, senón ademais unha visón cristán e romântica (mas com retraso, a obra é de 1877), na realidade, mistura de elementos lexendários e reais.

josé maria sans puig

 

Deixar un comentario