Arquivos diarios: 12/07/2018

O GRANDE DESENHO (F1)

.

               Cada um de nós existe durante um tempo muito breve, e no referido intervalo tan somente explora unha parte diminuta do conxunto do universo. Mas os humanos somos unha espécie marcada pela curiosidade.  E perguntamo-nos, buscamos respostas.  Vivendo neste vasto mundo, que a veces é amábel e outras é cruel, e comtemplando a imensidade do firmamento encima de nós, sempre nos temos feito unha multitude de perguntas.  ¿Como poderemos compreender o mundo no que nos atopamos?  ¿Como se comporta o universo?  ¿Qual é a natureza da realidade?  ¿De onde vêm tudo o que nos rodeia?  ¿Necessita o universo um Criador?  A maioría de nós non passa a maior parte do seu tempo preocupando-se com éstas questóns, mas quase todos nos preocupamos por elas nalgúm instante.  Tradicionalmente éstas son questóns para a filosofía, mas a filosofía morreu.  A filosofía apartou-se dos desarrolhos modernos da ciência, em particular da física.  Os científicos convertiron-se nos portadores da antorcha do descobrimento na nossa busca do conhecimento.  O obxectivo deste libro é proporcionar as respostas suxerídas polos descobrimentos e os progressos teóricos recentes, que nos conducen a unha nova imáxem do universo e do nosso lugar nél, muito diferente da tradicional, e incluso da imáxe que nos tinhamos formado fái tan só unha ou duas décadas.  Aínda así, os primeiros bosquexos desses novos conceitos xá se remontárem a quase um século.  Segundo a concepçón tradicional do universo, os obxectos movem-se ó largo de caminhos bem definidos e tenhem histórias bem definidas.  Podemos especificar as suas posiçóns precisas em cada instante.  Aínda que essa descripçón é suficientemente satisfactória para os propósitos quotidianos, descubriu-se na década de 1920 que ésta imáxe “clássica” non podía descreber o comportamento aparentemente extranho observado a escalas atómicas e subatómicas da existência.  Foi necessário adoptar, no seu lugar, um marco diferente, denominado “física quântica”.  As teorías quânticas resultaron ser notabelmente precisas na predicçón de acontecimentos a ditas escalas, e também reproducem as predicçóns das velhas teorías clássicas quando son aplicadas ó mundo macroscópico da vida corrente.  Mas a “física clássica” e a “quântica”, están bassadas em concepçóns da  realidade física muito diferentes.  As teorías quânticas podem ser formuladas de muitas maneiras diferentes, mas a descripçón probabelmente mais intuitiva foi elaborada por Richard (Dick) Feynman (1918-1988), toda unha personáxe, que trabalhou no Instituto Tecnolóxico de California e, que tocaba os bongôs nunha sala de festas de estrada.  Segundo Feynman um sistema non têm unha só história, senón todas as histórias possíveis.  Quando profundicemos nas respostas, explicaremos a formulaçón de Feynman com detalhe e a utilizaremos para explorar a idéia de que o próprio universo non têm unha só história, nem sequer unha existência independente.  Isto parece unha idéia radical, incluso a muitos físicos.  Em efeito, como muitas outras noçóns da ciência actual, parece violar o sentido comúm.  Mas o sentido comúm está basseado na experiência quotidiana e non no universo, tal como nos revelan as maravilhas tecnolóxicas que permitem observar a profundidade dos átomos ou  o universo primitívo.

stephen hawking e leonard mlodinow