¿QUE RECEBE VATTIMO DE NIETZSCHE?

.

               1º  A dissoluçón de todos os absoluctos ou limítes referênciais últimos;  fundamentos, suxeitos, substráctos racionais asseguradores (em grego diz-se da mesma maneira “hypo-keímenon”, “o que subjaz”).

2º  A dissoluçón dos néxos causais “acostumados” sucessivos ou contíguos, que precisam de “supor” a crença no tempo linear.  A consequênte dissoluçón do “suporte” racional da unión de todos os xuízos.

3º  A dissoluçón do Tempo linear, pois non podemos explicar os nexos da sucesón;  e a sua alternativa; a interpretaçón de unha temporalidade ontolóxica (do ser e da linguaxem) que volta, que se curva, que oscila: o eterno retorno.

4º  A libertaçón do sentido simbólico interpretatívo, estéctico e criativo, tanto para a existência como para a propósta de unha “Cultura Culta”, poética, estéctica e hermenêutica; teatral.  Aquí entram em xogo o “Continuar a sonhar, sabendo que se está sonhando” ou “Non há factos, mas sim interpretaçóns” e “Verdade e mentira em sentido extramoral” que implica as potências do falso e a vontade de arte.

5º  A “Crítica da Crítica”: a profunda compreensón (exculpaçón) de que a mentira, o erro, o falso e até o mal (também o da metafísica) son, ou foram historicamente necessários.  Son necessidades da vida (alma) e do espírito da arte (criatividade) que agora se tornaram supérfluas e até perxudiciais.  Isso non deve levar ao desprezo das épocas anteriores.  É o perdón e a compreensón que permite aflorar o “eterno retorno” e non a temporalidade edíptica do espírito de vingança como doênça-repetiçón da violência bélica da História.

6º  O pensamento da experimentaçón que prolonga as hipóteses, levando-as até ás suas últimas consequências para podermos saber que se trata de possibilidades desexáveis ou indesexáveis e em que medida se misturam, muitas vezes, ambos os aspectos.

7º  A compreensón tráxica que a morte e a finitude na vida implicam, impedindo de separar o verdadeiro do falso e a aparência da realidade. 

8º  Sem esquecer que a traxédia é unha obra de arte onde se pon a morte em  cena.

9º  O convite culto a cultivar as paixóns (desexos alegres) bem temperadas, do homem de bom temperamento.

10º  Em síntese: niilismo activo, dissoluctivo e criativo, poético, xuntamente com a bençón da imanência.

teresa oñate e brais g. arribas

Deixar un comentario