AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (45)

.

               Ideia de Embarcar.  O día 24 de Maio de 1914, eu pensaba embarcar, e xa tinha um fiador e os papeis correntes do Serviço Militar.  Acto seguido, deu-me unha dor de cabeza enormíssima, que com grande trabalho fixem passar á forza de exorcísmos.  Conselho do adivinho.  Nestes días fún a Fornélos, e dixo-me o seguinte: “a embarcar, non te aconselho, mas que te vaias.”  Perguntei-lhe, se morrería, e dixo que non…  mas que, muita xente, tería gosto de me ver mal, e empáta-me a viaxe.  As ideias de noite, quando pensas nunha cousa, e quanto mais firme é, á manhán quebran-se as ideias, as forzas e a fé, xá nada fás do dito e do pensado.  Sonho com a Sibylla.  O 26 de Maio de 1914, pola noite, tivem um sonho y algo se me esqueceu, tivem unha aspiraçón de sentido com a Sibylla de Ponte (C.), é decir, non a vín, só me foi o pensamento para alí, pensei no barulho que tivém com ela (vexa-se, pag. 53 berregar).  Sonhei com Vidal de Vilacoba, que me quería pagar e, com este medo non lhe entréi no Portal, ó marchar ouvín a sua voz que decía: “non almorzamos, Manuel non almorzamos”.  E isto tudo sonhado com o pensamento, pois non cheguei a vê-lo em imaxém, e nésta noite, o Spírito molestou-me algo.  O 28 de Maio de 1914, era o día desenhado para me afianzar, e a minha nái endemoniou-se, e eu com dor de cabeza.  

manuel calviño souto

Deixar un comentario