Arquivos diarios: 24/04/2018

A HISTÓRIA A CORES (1)

              RAMON MERCADER DEL RÍO

.

               O Catalán, Jackson Mornard Mercader (Ramón, para os amigos), tivo que mudar o nome, a razón dos preparativos para o atentado que custaría a vida ó político ruso Trotski, a quem a G.P.U., intentou eliminar em quarenta e duas ocasións diferentes.  Quando o Presidente mexicano o acolheu naquél país, puxo á sua disposiçón unha casa em Coyoacán, que era unha verdadeira fortaleza.  Rodeádo polos seus guardacostas, Trotski vivía alí consagrado ós seus trabalhos teóricos e de direcçón da Quarta Internacional.  O assalto patrocinado pola G.P.U. contra a casa de Coyoacán, na que participou o pintor mexicano David Alfaro Siqueiros, fracassou dadas as características da mansón, aínda que mais de trescentas balas se estrelaron contra as paredes, destrozando cristais e mobiliário.  Trás este intento “á tremenda”, a G.P.U. pensou melhor, nunha infiltraçón nas fileiras trotskistas.  Trotski só podía ser assassinado dentro da casa, e para que alguém entra-se alí era necessária unha pessoa que gozára da confiança de Trotski.  Foi entón, quando se pensou em Mercader, filho de Caridad Mercader, antiga militante da Unión de Mulheres Comunistas e colaboradora dos principais xefes soviéticos da Intelixencia que tinham actuado na península, durante a guerra civil.  Em 1938 Mercader, que se facía chamar Mornard, foi apresentado em París, á militante trotskísta Silvia Ageloff, que era irmán de unha antiga secretária de Trotski.  Mornard afirmou estár seguindo uns cursos de xornalismo na Sorbona, e cortexou a Silvia, até converte-la em sua amante.  Mais tarde trasladou-se a Nova York – onde explicou á sua companheira, que tinha voltado a mudar de nome – agora era Jackson – para poder sair da Europa sem contratempos.  Permaneceu alí um mes, e entón transladou-se a Mêxico, onde asseguraba que tinha encontrado trabalho.  Em Xaneiro de 1940, Silvia reuniu-se com el na capital aztéca.  A axuda da mulher, foi indispensábel para que Mercader se introducira nos meios trotskístas em primeiro lugar, e pouco a pouco entre os achegados a Trotski: fixo amizade com os guardacostas, e um día foi presentado ó político ruso.  Algúm tempo mais tarde, conseguíu Mornard unha entrevista privada com Trotski no seu gabinete, ocasión que aproveitou para coroar o seu proxecto de assassinato, golpeando a cabeza de Trotski com um piolet.  Quando se publicáron em Mêxico as primeiras fotografías do assassino de Trotski, alguns xornalistas refuxiádos no país aztéca, reconheceron a Ramón Mercader.

história e vida