Após a morte do pai, Arthur non se atreveu a deixar o escritório de contabilidade de Danzig, que tanto detestava, e permaneceu lá dous anódinos anos, até que Johanna o libertou da obrigaçón, tranquilizando-lhe a consciência. É muito provável que, se Heinrich Floris non tivesse morrido entón hoxe non tivéssemos “O Mundo como Vontade e Representaçón”, porque o filho non teria podido abandonar a carreira comercial nem dedicar-se ao estudo da filosofia. Foi Johanna quem lhe deu apoio libertador que o eximiu de cumprir a sua palabra. Arthur non se atreveu a assumir a sua liberdade e esta era unha dívida que non poderia xerar gratidon mas apenas ressentimento. A vivaz Johanna, por sua vez, non sentiu qualquer tentaçón em manter o negócio da família e reconvertê-lo em “Viúva de Schopenhauer”, muito pelo contrário, na sua qualidade de herdeira universal, demorou poucos meses a liquidá-lo e a obter por ele unha considerável fortuna, acrescida do dinheiro que conseguiu com a venda da mansón de Hamburgo. Mudou-se com Adele para Weimar, a cidade e pequena república onde se reuniu a fina flor das artes e das letras alemáns; atraída pela presença de Joham Wolfgang von Goethe. Pouco antes de as tropas de Napoleón terem ali feito unha razia (Napoleón é a personagem que aparece recorrentemente, em qualquer história sobre a Europa central desta época, tal era a sua ubiquidade), Johanna instalou-se à conta dos seus rendimentos, na chamada “cidade das Musas” e, em pouco tempo, tornou-se na anfitrián do principal salon cultural do círculo alemán e em amiga íntima de Goethe. Alguns anos mais tarde, este viria a ser decisivo para impulsionar a carreira literária de Johanna, tendo recomendado (e a sua palabra era lei na cultura alemán) as novelas românticas e livros de viagens que esta começou a escrever em Weimar, ao ponto de, durante unha década, ter sido a escritora mais popular na Alemanha.
joan solé
em.
