PASSEIOS PARA UNHA TARDE DE SÁBADO

.

               Vamos de longada, para um itenerário de montanha, extenso e desconhecido.  Deberia começar em Castro Laboreiro, caminho do val da Peneda, e depois de passar o rio cheo de penedos redondos, por onde ruxe a áuga no rude inverno, encarar rumo ó Lindoso para descansar ó morno sol da eira de Canastros (a maior de todo Portugal).  Logo seguiriamos para Lóbios, e unha vez aí baixariamos polo Xurês, para comer á sombra do Mosteiro de Amares, despois de cear entrariamos na segunda capital do sul da Galiza (Braccara Augusta, Briga para os amigos), pois a primeira e a mais antiga, era o Porto dos Calaicos ou Porto Galé.   Mas tivemos que recapacitar, ver (cos olhos e o pensamento), e escutar a “Razón Comum” do Universo, aquela que goberna a danza das esferas siderais.

 

Era demasiado, para unha modesta tarde.  E também “demasiao pá mi cuerpo tio”.  Entón (“que era um home grande, com o seu chaquetón”), entrados em razón, descemos para o mar, para Viana do Castelo, cantando:  ¡¡Se o meu sangue non me engana, como engana a fantasía. Habemos de ir a Viana, ó meu amor dalgúm día!!

.

Cousa rara, mas ó chegar a Viana e dar uns passeios pelo bonito centro, entrou-nos ganas de comer.  E, fomos dereitos á “Tasquinha da Linda”, mas esqueceramo-nos de reservar mesa, a verdade é que non nos esquecemos, senón que sentimos unha aversón conxénita ás reservas.  Así que, fomos comer á “Casa de Armas”, um bom restaurante, que assusta um pouco, non polas armas, mas polo seu aspecto faustuoso.  Por um preço, que é o que pagan todos os túristas em lugares de mala-morte, comemos bem duas pessoas por perto de cinquenta eurônios.  Deliciosa “sopa de mar”, bom bacalhau á maneira da casa, e um bife com patacas excelente, e para finalizar, oremos com “Abade de Priscos” e três bolas de xeado multicolor.  Como despedida, e xá bem alimentados, permitimo-nos unha irreverente reflexón filosófica, sobre a ruína económica que significa o capitalismo, pois um sítio destes só tinha quatro clientes em sala.

léria cultural

       

Deixar un comentario