Arquivos diarios: 01/08/2017

PASSEIOS PARA UNHA TARDE DE SÁBADO (III)

.

               Fomos, como quem non quer ir.  Vencendo lentamente a inércia inicial, que antecede qualquer tipo de movimento, pola estrada de Taboexa, passando o Castro de Altamira (do qual há restos arqueolóxicos no Museu Quiñones de Leon, sito na Quinta da Marquesa em Castrelos, Vigo) aparece Rubiós com todo o seu explendor paisaxístico e humano, capaz de ressuscitar um morto.  Aquí a sagrada enrredadela de Dionissos, aquela que calma a dor é quêm manda.  De terras de Baco, passamos a terras de Yaco, que ambas parecem xêmeas e igualmente desafogadas e cálidas.  Arbo, da qual copiou Flash-Gordon o nome para a sua “Arbórea” e, é um dos grandes paraísos da Gastronomia galaica, o qual sempre tomamos muito em conta nas nossas escapadas pelo mundo fora.  A auga e o vinho se misturam, non para estragalos, mas para comer a Lampreia e o vinho xuntos.  Terra e Rio ¡¡Irmandinhos!!  Logramos passar o Rio bastante enxutos, de coche p’orriba da ponte.  Cara a Melgaço de Inês Negra, aquela que lutou á morte contra outra moura espanhola coitada.  Aquí é necessário ter muito tento, para encontrar a estrada de Castro Laboreiro, pois non poderia estár melhor escondida a condenada.  Castro Laboreiro, aquel que deu o seu nome a um mastín pequeno e áxil, que se confunde com a cor do terreno.  Guardador de casas e rebanhos, e fiel companheiro nestas terras d’unha dureza extrema.  Este é também, outro dos grandes paraísos Gastronómicos da rexión atlântica peninsular.  Primeiro o “Pan Castrexo”, cozido no forno de pedra comunal.  O “Fumeiro e os “Bifes de Presunto” locais, afumados com lenha de urceira.  E finalmente o “Cabrito no Forno” outro tesouro bem escondido.  

.

               Com esta pecaminosa gula, avivada por todas as malditas viandas relacionadas,  hipocondríacos e austéros, entramos num mundo das alturas, das pedranías, do xelo e da solidón do mundo (mundo, que non é que estexa precisamente só, mas está completamente desamparado). Unha das paisaxes mais im-presionantes de todo Portugal, a Serra da Peneda.  Há que baixar ós Arcos do Val do Rio Vez, pela Gavieira.  Aproximadamente trinta kilómetros de penedias, durante os quais um chega a sentir medo, montanhas e barrancos mesmamente espectaculáres, povos de montanha ilhados do mundo antáno.  Confiando cegamente, que a fráxil mecânica moderna non falhe agora neste momento, proseguimos com unha noción clara e certa da pequenéz do home.  Qual heremitas arcaicos em exercício de humildade, em fila, silênciosos, despois de haber comido tanto com a vista, diriximos os nossos passos tremelicantes ó refeitório do convento “Costa do Vez” para um reparador repasto.  Recuperar forzas de todo tipo, é o objectivo.  Primeiro um “Bacalhau á Narcisa” e depois um “Bife de Lombo de Boi”.   ¡¡Amen!!

léria cultural