O SERAN NA ALDEIA

.                 -O carbalho do Galheiro, tem a folha revirada.                           .  .               -Que lha revirou o vento, unha manhan de xeada.

.                -Principia esta divagacion, adentrandose na “Corte na Aldeia” de Francisco Rodriguez Lobo, continuando através de Antonio Nobre, para terminar na “A Cidade e as Serras” do nosso Éça de Queirós.

.                 -Minha nái deume unha tunda, co aro d’unha peneira.                    . .                 -Tenha vergonha mi madre, que vem a xente da feira.

.                 -Seguidamente entroncando com a larga tradicion dos reis suevos, a corte Portuguesa trasladouse a Sintra, para non ser menos e escapar á xatice das cidades.  Nos seus “Eidos” rurais, evitavan muitas das maçadas que comporta o viver  prali todos amontoados.

.                 -Paxarinhos que alegres cantais, polas polas dos loureiros                .                 -E subides polos amieiros, pra buscala rainha da luz.

.                 -Escondemo-nos pelos “Grandes Sertoes Veredas” do Brasil adentro, para cair como reis pequenos nas  grandes “Rozas”, “Facendas” e “Enxenhos” dos “Coroneis”.  Alí onde se vivia á perna solta á sombra benigna da bananeira.

.                 -Eu queriame casar, minha nái non tenho roupa.                 .   .        .                 -Casa minha filha casa, que unha perna tapa a outra.

.                 -Nos serans comunais, onde a festa se fai, non se compra.  Alegran as almas desparramadas por milhares de aldeias remotas, tan dispersas e perdidas que algunhas  delas chegam a chamarse “Extra-Mundi”.

.                 -Verdes prados. Verdes campos, odes da minha paixao.               .   –  .                 -As andurinhas nao paran, unhas voltan outras nao.

.                 -Talvés me engane, mas penso eu, que grande parte da nossa riquissima cultura popular, brotou destes fecundos fervideiros, onde as xentes se reunian á noitinha despois de trabalhar no campo.

.                 -Meu amor disse que eu tinha, unhs olhos como gaivotas.             ….              -e unha boca onde começa, o mar de todas as rotas.

.                 -Músicas, contos e cantigas, xurdiran da super frescura natural.  Facianse os serans nos dias de namoro, que eran as terças, as quintas e os sabados, despois de comer, no vran nas eiras, d’inverno nas lareiras.

.                 -Sei quel um dia virá, assim muito de repente.                   . . . . . . . .                 -Como se o mar e o vento, nascessem dentro da xente.

.                 -Havia unhs ritos tradicionais, que obrigatoriamente se seguian, para garantir que todos participassem nas danzas em plano de igualdade, para que as preferencias particulares non turbaran o disfrute comun.

.                 -Rebola o pai, rebola a nái, rebola a filha.                                   ……            -Eu tamen son da familia, tamen quero rebolar.

.                 -Estas verdadeiras confraternizacions dum povo vivo, que ás veces terminavan em peleeiras (con mortos inclúso), eran unhs formigueiros incontrolaveis do xénio popular aos quais debemos muito todos.

.                 -Unha noite no muinho, unha noite non é nada.                        …….           -Unha semaninha enteira, isso si que é muinhada.

.                 -A moderna sociedade franquista, non vacilou em empregar abertamente a violencia das forzas de orden público, num intento desesperado do colonialismo cultural, para esmagar a forte cultura tradicional dum povo Atlantico.  Modificando a viva forza as formas de vida, e a organizacion arcaica fortemente arraigadas na alma das nossas xentes.

.                 -Abaixo pandeiro roto, arriba manta furada.                                  …               -Os amores que hei contigo, para min non valen nada.

.                 -Ainda que a nossa Cultura, acabou gravemente ferida destas guerras vandálicas, non conseguiron erradicala totalmente da face da peninsula. Agora, esperemos que estas “Coelhadas”, non logren “Encavacarnos” definitivamente.

.                 -Eu agora sou velhiño, acabado de morrer.                                   …..             -Olha bem para os meus olhos, ande voltar pra te ver.

Eira Comunal.

 

Deixar un comentario