Identidade primeira deste País Atlantico, a Fala dos nossos antergos, atesourada na alma das Xentes, formou um dos patrimonios culturais mais valiosos da humanidade. Desperdigado pelos quatro cantos do mundo, e dono dunha poderosa personalidade própria, um aer de forte saudade que vai do Brasil á China, mais alá da Trapobana.
Nasce da vontade igualitária dos Homes de Guillade, como primeiro escrito em fala Galega de que há memória, alá polo ano novecentos e sessenta e tres (caso curioso, que apesar de citar os Homes de Guillade, ha duas mulheres na relacion, cousa que demostra a tradicional valia das Mulheres Galaicas), decidiron construir o Domus Santa Leocádia, na encosta do monte do Castromao, e cuxo testamento depositaron no convento de Melon.
A fertilidade da terra, unida a um reparto igualitário da mesma, xerou unha civilizacion de prosperidade, que fixo possibel o dessarrolho dunha âmplia cultura verdadeiramente popular, oriunda das raices da terra, fogosa e xenial, tanto nas letras como na música tradicional. Esta idade dourada, frútificou abundantemente, na riqueza ínigualavel da poesia lírica, na trova, no formigueiro creativo dos seráns d’aldeia, chegando a alcançar as cumes da cultura Galaica.
Despois continuou o seu caminho, principalmente em terras da Galiza do sul, liberada do dominio Castelan, que intentava asfixiar a nossa identidade, persecutoriamente como um fero enemigo buscaba, e busca borrar a Fala do nosso cerne. Em Portugal, a Fala e a Literatura seguiron o seu curso natural, o que garantiu a pervivencia, até alcançar a dimension universal de que hoxe em dia goza.
Magnífica Fala e Literatura, que non começou como é habitual, com um poema épico, com estórias de guerras, saqueos e roubos de mulheres, senon com o manisfesto xenio igualitário dunhas xentes do comun.
Léria Cultural
(DOCUMENTACION SEM GRABAR-REVISTA BREIXO XV)