O GRANDE E FUNDAMENTAL MAL DA CIDADE

O largo do texto foise pondo de manifesto as gráves íncompatibilidades entre a existencia das cidades e a recuperacion do meio âmbiente, assim como a formacion dunha agricultura emancipada dos agrotóxicos e do uso abusivo das máquinas, com a preservacion da fertilidade da terra. Em bastantes ocasions mostrouse em concreto como a cidade,  com a sua mera existencia, fai impossivel que os progulemas axiais da natureza e dos cultivos hoxe encontrem unha solucion razoabel, de tal maneira que ou se pon fim á cidade, ou a continuidade desta fará crítica e probabelmente irreverssiveis as crísis medio-âmbientais em desarrolho que padecemos.
Non é este o ponto de vista do ecoloxismo, que preconiza a criacion de “cidades sustentáveis”, no que é unha mesquinha e perversa operacion de lavado de cara daquelas, dotando de lexítimidade a sua existencia, mas sem mostrar consideracion para o futuro dos bosques, a terra e os factores hidroclimáticos. Entre as muitas formulas vacias acunhadas por um urbanismo que se refúxia no angelismo e na verbosidade para non assumir as responsabilidades do ecocídio resultante do existir das megalópolis, destaca a das cidades-xardin, que se por um lado reduce, nos feitos, ó ampliar algo os ruins espaços verdes das urbes, por outro, ó melhorar e fortalecer éstas, realiza unha contribuicion de importancia para convertir as áreas rurais em semi-desertos.
Aquilo que constituie a cidade na sua essencia, a sua fúncion de “capital”, isto é, como grande área edificada de concentracion dos quadros de mando, manípulacion das mentes, supervision, coercion e represion do estado. Hall, em ves das retóricas sandeces em que se ocupa, podria ter descrito os diversos ministérios proprios da cidade cabeza do estado, que em Madrid som hoxe nada menos que dezasete, com o ministério de defesa ocupando o lugar principal, o que indica que a essencia do estado é a instituicion militar, como expon Otto Hintze, cada um com as suas muitas seccions, secretarías xerais, direccions xerais e outras, até formar unha agobiante trama de aparatos de poder e forza xustapostos que extraen as materias primas, alimentos, enerxia e man de obra imprescindiveis de áreas rurais cada ves mais alonxadas.
O urbanismo mais ou menos esquerdista reducese a um desolado receitário de promesas mendaces sobre o que faran polo bem estar dos habitantes das urbes os partidos da esquerda desde os concelhos, donde resulta o aperfeiçoamento constante das funcions liberticidas, dominadoras e de devastacion medio-âmbiental da cidade. Desde um enfoque diferente, pondo o énfasís no “totalitarismo da cidade”, expresion mais axustada á realidade, o asunto tratase em “Con la comida no se juega” D. Lopez e J. A. Lopez. Ensina bastante sobre as características do nosso tempo, em que o novo tipo de urbe, a cidade difusa, sexa ainda mais desastroso em todos os sentidos que a velha cidade compacta, dado que consume mais espaço, mais enerxia, mais agua e mais materiais, á ves que reforza o servilismo e a dócilidade, a insocíabilidade e o solipsismo, as pulsions Fedonistas, destructivas e autodestructivas, e, sobre tudo, a deshumanizacion do suxeito-médio.
No fim de contas, podese dicer que a cidade hoxe, como grande mito do progressismo e o radicalismo burgues; como paradigma dunha modernidade cada dia mais refutada pelos seus proprios logros, e como ilúsion, promesa e esperanza de unha vida melhor, está acabada salvo para a patéctica inmigracion do terceiro mundo ós países opulentos, cuxo único propósito é integrarse na sociedade de consumo, de maneira que a realidade terminou por dar a razon a Antonio de Guevara, no seu magnífico “Menosprecio de corte e alabanza de aldeia”, publicado em mil quinhentos trinta e nove.

Félix Rodrigo Mora

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