O FIM DO MUNDO

Adolfo Fernandez, narrou com a sua habitual vehemencia, este conto tan real como a vida mesma, e que foi o que mais me gostou entre os inumeráveis, que conforman a seu repertório fecundo.
O home levantouse para fumar um cigarro no alpendre da sua casa, um Domingo pola manhan, disfrutando da suave frescura e dos delíciosos cantos da paxarada madrugadora.
Insuspeitadamente, desatouse semelhante dilúvio sobre o telhado da sua casa, que começou a ver desfilar diante sua, arrastadas pela torrente, todas as aves do corral unha por unha, despois vem o porco, que se debatia furibundo na desesperada espiral das águas turbulentas.
Enton, como que intentando reaxir, gritou para a sua mulher que se encontrava na cama.

¡¡ Levantate Concha, que hoxe é o fim do mundo !!

Tudo isto tem unha explicacion lóxica, que intentarei expor com seriedade:
O Sabado pola tarde, unha excavadora do Concelho que andava humanizando a zona, retirou toda a terra que servia de suporte a um cotovelo da conducta principal da traída de águas de Salvaterra, a curvatura cedeu á presion e desencaixouse, polo que non sei quantos miles de litros por segundo, foron cair certeiramente sobre o telhado da casa deste honrrado cidadan, que se atopaba disfrutando dum dos escassos momentos de lecer que a vida nos permite.

Léria Cultural

Deixar un comentario