O Capitán Clemente Gil

Trabalhaba no goberno militar da Corunha, no tempo em que eu fun persoalmente militarizado. Este Ourensan, baixo o qual desempenhei funcions demasiado insignificantes para ser aqui narradas, fora Cura, de cuxa profision contaba amorios sem fim. Posteriormente dexenerara em Guardia Civil, narrando tamen tráxicas historias da guerra civil, por último acabou como militar alcançando o grau de Capitan.
Quando resolveu abandonar o exercito, continuando com o seu acostumado rosário de desercions, buscou um aliado que fora rebelde anticastrista coma min, as minhas camisetas molhadas enxugando dentro do seu armario, testemunhaban a minha valía.
Chegara o momento sonhado durante toda unha vida de artimanhas, voltar á sua aldeia remota, para o qual úrdiu um plano diabólicamente levado á práctica, logrando após inúmeras peripécias teatrais o fim desexado, a baixa definitiva por enfermidade.
Eu fun o seu salvador, epopeia que me fixo repetir um sem fim de veces diante de Coroneis e Generais, quem podia non acreditar nas palabras dum bó rapaz. Longas representacions dramaticas, das quais sentia verdadeira vergonha alheia, as palabras saíanme da boca pastosas como farrapos, pobre que nem sequer sabe falar pensarian as incautas victimas.
Mas o Capitan Clemente, insistia em que relatara todos os detalhes da minha heroicidade sem omitir um ápice, polo que toda a xefatura ameazaba sériamente condecorarme, por haber resuscitado dunha morte segura tan esforzado servidor da pátria.
Vai na memoria deste home, que sempre tivo a sua aldeia como bem supremo.

Eira Comunal

Deixar un comentario