Arquivos mensuais: Novembro 2011

Negocios do Dianho

Este esburacamento megalomano, talmente comparável ás minas d’ouro da Galaecia, custou innumeras vidas, dividiu países, e ainda hoxe em dia o lugar permanece ocupado “manus-militaris”.
Febres, calor, mosquitos, condicions laborais de campo de concentracion, os trabalhadores caian como moscas, o qual levou estes linces a pensar emia contratar xentes de grande resistencia fisica, e acostumados a xornadas duras e prolongadas, entre eles preferian a campesinos Galegos, preparados para bourear.
A companhia “Bananera” pagaba só de seis em seis meses, para evitar que as pessoas escaparan, recevian a sua soldada xunta, correndo o risco de ser roubados por capangas a mando da propria empresa, o que os impedia voltar á sua terra, tendo que continuar trabalhando naquel inferno outra ves mais. Muitos xamais puideron retornar, prendidos naquel engrenaxe do capitalismo mais demente.
Non fai muitos anos, vi num programa da Tv Galega, unha entrevista á filha dum destes homes que nunca tiveron medios para voltar, acabando por quedar por alá, contando que lhe cantaba cantigas nunha fala estranha.
Bastantes labradores da nossa terra, tiveron aquí o seu calvário, nestes negocios do dianho.

Eira Comunal

O Melhor Remedio para as Toupeiras

  As toupeiras, este animalinho inquieto, subterraneo, subversivo. Capaz de arrasar, furar, e fundir na miséria mais absoluta qualquer bancal cuidadosamente trabalhado. Imitadas no seu sistema de guerrilha por vários exercitos pobres, sobre tudo no extremo oriente, quando a superioridade do enemigo era aplastante.
O meu bancal Chinés, que tanto trabalhinho me dera, foi no terceiro ano tomado de asalto por unha partida de toupeiras Liberais-Esparteranas, que fixeron inútil toda resistencia, perante a pertinácia desamortizadora das condenadas.
Reunido eu na minha facenda com o Coronel Carlos Duran, e após príncipesco banquete, este me desvelou o seu punto fraco, o calcanhar de Aquiles insuspeitado era de tipo gastronomico. Polo estómago habia que atacar a estas péstinhas, convidalas a um repasto, e servirlhes unhs quantos berberechos, que préviamente estiveran vários dias a colher substancia.
Bocado que lhes resulta irresístibel, e ao mesmo tempo fatal.

Eira Comunal

O Sertao

O SERTAO

Nos meus tempos xuvenis, vi um filme brasileiro, que me fixo pensar largamente, tratabase dum labrador que viera escapando duma das secas periódicas, que costuman calcinar as terras do nordeste brasileiro.
Abandonara a terra para perderse na barafunda das cidades, ali onde o diabo anda á solta na rua, no rodopio infernal das máquinas
Todos os dias ó vir do trabalho, caminho da sua casa, se paraba diante da montra dunha carniceria, sonhando insimismado com aquela posta de carne,dunha beleza insúperabel, que mexia com toda a sua fibra.
Certo dia de retorno a casa, inesperadamente, reventou unha explendida revolta na rua, e como por milagre  o cristal que vedaba aquelas fermosas viandas, estalou em mil pedaços, mesmo diante das garras do nosso amigo, que as cravou inmediatamente no naco, liscando como um foguete. ¡¡PORCA MISERIA!!
Mas o que me calou mais fundo, foi que este home faminto, non reservou a preciada presa só para sí, senon que fixo unha festa e convidou todos os vecinhos mais proximos, non pensou nel somente, senon que quixo compartir a sua alegria com todos os seus semelhantes.

Eira Comunal

O Xardin Zooloxico

Este era unha relíquia dos tempos antigos, quando Portugal era um país rico e obstentoso, antes de cair nas mans do imperialismo occidental. Tesouro ó bom gosto Portugues, perfeitamente criado com esmero, com mimo, um luxo importante, cheio de ternura e beleza.
Un elefante prodixioso, merecedor da medalha ó mérito no trabalho, incansavelmente tocaba a sineta de sol a sol, para a troco dunha moeda comer um molho de cenouras, mantendose desta maneira a el e a dous ou tres homes mais.
O chimpanzé espectáculo, tinha sempre diante del um monton de idiotas, parentes lonxanos seus, que se rian coma parvos, incapaces de comprender a traxédia em que se debatia o soberbo animal. Fuxian espavoridos, quando este em fúria demente os bombardeaba com os seus proprios excrementos.
A estufa das cobras venenosas, lugar sagrado e único, em que elas dormitaban, como se pobres ancians num doloroso asilo estiveran, esperando a dura morte, apartados de todos os seres mais queridos.
Pasados muitos anos voltei a visitalo, xa em época neo-liberal, e chocoume o abandono em que tudo se encontrava, cheiravase claramente que quem mandaba ali agora era o dinheiro, confirmando a famosa teoria de Cornwal, quem  afirmaba categoricamente que, quando a economia marcha bem, tudo o demais marcha mal.
Avestruces amontoadas pavorosamente em raquítico recinto, augurando que acabarian possivelmente os seus tristes dias na mesa dalgum restaurante da cidade.

Eira Comunal

A casa do Sarmento

Nos eramos todos novos, e fomos para falar de politica com el que xa era um velho daquela. Entramos polo portal pequeno, no que figuraba um cartel que punha “ADVOGADO”, pasamos por debaixo da vinha alta que desembocaba nunha casa grande de pedra, onde um enorme silvaredo ameaçaba  engulila.
O Senhor Sarmento, encontravase atendendo a um cliente, polo que nos meteu num comedor enorme, onde habia unha mesa repleta de valiosas antiguidades. Aquel home, que apenas nos conhecia, deixounos alí sos diante daqueles tesouros, ou confiava cegamente em nós, ou as riquezas para el tinhan pouca importancia.
A nossa amizade comezara no momento em que, encontrandose el em pleno exercicio rectórico, nunha reunion nas Neves sobre o “Plan do Condado”, um dos politicos matreiros, intentou silencialo com o “Portanto non debemos permitir que fale mais”, nos revoltados gritamos, ¡¡ Deixe falar o home !!, graças ó qual el puido continuar com o seu discurso didáctico-tecnico.
Quando findou o asunto que o ocupaba, mandou chamarnos para a cocinha, feita com laxedo por todo o chan, a criada pasaba a roupa a ferro, e el atopavase metido dentro da lareira de pedra, sentado nunha cadeira de balouço, á sua dereita unha enorme xema de cristal de quartzo empotrada na parede, reflectava o lume que ardia, na man um libro aberto.
Do que falamos, non recordo nada em especial, mas estas imaxens do bom viver, ficou grabada na minha memoria para sempre.

Eira Comunal

En defensa da Seguridade Social

Habia um anúncio institucional na television Portuguesa, que ilustrava magistralmente este primoroso sistema economico, que muitos pensan ser estatal e feitos por politicos, cousa abertamente falsa, pois tratase dunha Mutualidade de trabalhadores, com um fim social de axuda mutua, e perfeita de Xustiza.
“Antonio axudou a Maria na sua grave doença, a pagar os caros tratamentos e os hospitais, polos que pasou durante estes dificeis momentos da sua vida.”
“Manuel financiou a longa carreira de Pedro, e merce á sua colaboracion tivo os recursos necessários para poder terminar os seus estudos folgadamente.”
“Lianor contríbuiu com a sua parte, para que Xosé poida ter durante a velhice um retiro digno, que lhe permita unha existencia confortável nos últimos dias da sua vida.”
Terminando desta forma soberba:
“E o mais grande de tudo isto, é, que nem sequer se conhecen unhs ós outros”

Eira Comunal

O Capitán Clemente Gil

Trabalhaba no goberno militar da Corunha, no tempo em que eu fun persoalmente militarizado. Este Ourensan, baixo o qual desempenhei funcions demasiado insignificantes para ser aqui narradas, fora Cura, de cuxa profision contaba amorios sem fim. Posteriormente dexenerara em Guardia Civil, narrando tamen tráxicas historias da guerra civil, por último acabou como militar alcançando o grau de Capitan.
Quando resolveu abandonar o exercito, continuando com o seu acostumado rosário de desercions, buscou um aliado que fora rebelde anticastrista coma min, as minhas camisetas molhadas enxugando dentro do seu armario, testemunhaban a minha valía.
Chegara o momento sonhado durante toda unha vida de artimanhas, voltar á sua aldeia remota, para o qual úrdiu um plano diabólicamente levado á práctica, logrando após inúmeras peripécias teatrais o fim desexado, a baixa definitiva por enfermidade.
Eu fun o seu salvador, epopeia que me fixo repetir um sem fim de veces diante de Coroneis e Generais, quem podia non acreditar nas palabras dum bó rapaz. Longas representacions dramaticas, das quais sentia verdadeira vergonha alheia, as palabras saíanme da boca pastosas como farrapos, pobre que nem sequer sabe falar pensarian as incautas victimas.
Mas o Capitan Clemente, insistia em que relatara todos os detalhes da minha heroicidade sem omitir um ápice, polo que toda a xefatura ameazaba sériamente condecorarme, por haber resuscitado dunha morte segura tan esforzado servidor da pátria.
Vai na memoria deste home, que sempre tivo a sua aldeia como bem supremo.

Eira Comunal

Viva o desporto

O desporto é algo realmente maravilhoso. Ver um atleta que chega estafado, rebentado, qual peregrino penitente moderno, suando, bufando com a lingua de fora. Sobre tudo aqueles que na cidade, corren pelas ruas detrás do tubo de escape dos carros, impregnando os seus pobres pulmons de nitramon gaseoso.
Dá gosto ver facer desporto, parece talmente unha guerra com poucos feridos, é apaixonante a xente gritando, insultando libremente, pena é que non sempre chegan ás mans, senon que se perden em discusions Bizantinas.
Mas o melhor, a madre de todos os desportos, o verdadeiramente gratificante, é foder com a máquina de sulfatar ás costas, AAAAAHHHHGG…, todos os orgasmos desportivos se xuntan, nunha explosion de xúbilo ínenarrabel.
¡¡ Saúde e Desporto !!

Léria Cultural

O Barbeiro de Sevilha

O BARBEIRO DE SEVILHA

O ano pasado, com motivo da aplicacion sobre as costas dos trabalhadores Galegos, das novas técnicas laborais do Liberalismo-Parlamentário, e tambem debido á minha repugnancia por esta caterva que se chama empresários, estiven unha semana arrestado num dos templos do deus dinheiro em Tui.
Alí conheci um ser sorpreendente, um barbeiro artista, e confeso que apesar da hóstilidade manifesta com que me recebeu a sua esposa, que incluso me propinou dous fortes repelons na batina, nunca na minha vida sain mais contento deste tipo de estabelecimento
O local era arcaico, madeirento, com cheiro de pasadas e presentes desventuras. A sua conversa, prescrutadora daquel individuo desconhecido, atinxiu altos graus de paroxismo, e delirante percorreu toda a escala da ciencia interrogatoria. Mas eu xuro que non soltei prenda, permanecin  em perfeito estado de “Ataraxia”, digna dos maiores maestros da Stoa, vendo como as suas mans acentelhadas tocaban a tissoura.

¿¿ Que tal ??

¡¡ Magnífico !!

Pena que eu non sexa um figurino mais agraciado, e que viva tan lonxe, pois do contrário, escaparia cara a Turonia, cada vés que a Deusa Necessidade así o mandara.

Léria Cultural

Conferencia de Julio Anguita en Baena – ‘O que non nos din da crise’

Vídeo de hora e media de duración, pero moi didáctico 🙂

Tiken jah fakoly- Plus Rien Ne M’étonne- (Xa nada me asombra)

13-N Cambio de modelo xa : Manifesto completo

Desde Tomalaplaza.net propoñen unha manifestación estatal para o 13-N e un manifesto centrado nun

¡CAMBIO DE MODELO XA!

DEFENSA DO PÚBLICO

PARTICIPACIÓN CIDADÁ

STOP CORRUPCIÓN

>>>CARTEL

 Esiximos un CAMBIO DE MODELO XA!:

  1.     A Potenciación do público fronte ao privado, impedindo a privatización e espolio do patrimonio e dos servizos públicos como a auga, a sanidade ou o ensino. Ou como as Caixas de aforros, regaladas despois de sanealas. Porque o público é de todos, e o privado duns poucos.
  2.     Unha democracia non secuestrada polos mercados fronte aos abusos e a ditadura da banca e as multinacionais, e a distribución desigual da riqueza. Que paguen impostos os poderosos. Recuperemos o diñeiro que nos roubou a banca. Porque non é xusto que se afogue a economía de todos para premiar a aqueles que causaron a crise.
  3.     Unha economía social e ecoloxicamente sustentable, baseada na xustiza social, que recoñeza que o traballo é a única fonte de creación de riqueza, que respecte os dereitos laborais tan duramente conquistados. Porque a precarización do traballo é prexudicial para o conxunto da sociedade e porque o actual modelo é fonte de corrupción e crise.
  4.     Persecución real da corrupción e eliminación de todas as leis que a favorecen, como as de financiamento municipal e de partidos políticos, lei electoral xusta. Todos os corruptos fóra de poder. Incompatibilidade de cargos públicos e privados. Orzamentos participativos. Porque isto significa maior democracia para todos.
  5.     Uns modelos de información e participación democráticos e horizontais. Medios de información que dean acceso real aos aos cidadáns aos medios de comunicación. Audiencia pública de autoridades. Consulta cidadá/veciñal. Xuízos cidadáns expertos. Elección cidadá do poder xudicial. Goberno municipal mediante concellos abertos. Porque sen isto non hai democracia.
  6.     Un cambio de modelo urbanístico-territorial, afastado da especulación, cunha economía diversificada que en ningún caso volva potenciar o ladrillo como fonte principal, con moratorias na recualificación de chans e a eliminación de todas as figuras legais que favorecen a especulación, gravando as plusvalías inmobiliarias. Porque necesitamos racionalizar este sector descontrolado.
  7.     A posta en práctica de políticas para unha vivenda digna, con aluguer social das vivendas baleiras e moratoria nos desafiuzamentos por non poder pagar hipotecas, penalización de vivendas baleiras, eliminación de axudas á compra, limitar o endebedamento e tasadora pública independente. Porque é un dereito humano e constitucional.
  8.     Potenciar a protección do medioambiente, o respecto e aumento de áreas protexidas, o consumo responsable e a compra verde, as enerxías renovables e o transporte público, o control da contaminación e unha reciclaxe responsable en todos os ámbitos. Porque non podemos crecer a calquera prezo destruíndo o mundo en que vivimos e os nosos propios recursos.
  9.     Un cambio nas relacións internacionais promovendo a autodeterminación dos pobos e o dereito de todos á Terra. Porque non podemos ser cómplices da violación sistemática de dereitos humanos e da Terra, do espolio planetario de recursos e bens comúns e de intervencións militares neocoloniales que provocan centos de miles de vítimas con pretextos pseudodemocráticos.
  10.     Unha cultura plural, que nos represente a todas as persoas. Porque a cultura tamén é un ben común e público, que non podemos reducir a valores de mercado e dun pensamento único.
  11.     Unha sociedade libre, no respecto á diversidade sexual, funcional, de idade, de procedencia e de calquera outra índole. Porque ninguén pode impor a ninguén unha forma de vida.

Ver entrada completa en tomalaplaza.net

“Debtocracy”: documental sobre a orixe da crise grega

(Artigo publicado no blog Galipolis)

Hai un interesante documental de principios do 2011 (Debtocracy) realizado por un par de xornalistas gregos -Katerina Kitidi e Ari Hatzistefanou-, onde van debullando as circunstancias e persoaxes que acabaron levando a Grecia a súa actual situación. Paga a pena botarlle un ollo.

A proposta de Democracia 4.0

Compartimos a petición dunha Democracia 4.0 para que a cidadanía poida exercer a súa soberanía na toma de decisións.

Para máis información, visita demo4punto0.net

A Teoria do Rei Pequeno

Galiza, a amada terra de Prisciliano,é por excelencia a dos Reis Pequenos, talves forxados na independencia indómita do minifundio.
Ese reino diminuto, anónimo e singular, desvencelhado de toda servidume, e de todas as xentes que non foron amamentadas por el.
O trato igualitário da Irmandade Céltica, a beleza cautivante da Fala, velando os deuses do panteon familiar, e os afectos herméticos do Clan
vindos da tenra infancia, nos carreiros deste paraíso, perdidos na espesura solitária do bosque segredo.
Home calado, no recato Druídico da vida apartada, sabedor de que toda parte, todo mundo tem.
As frescas fontes, as ribeiras sombrias, oculto tesouro de verdores ancestrais.
¡¡ Nin deus, nin dono !!

Léria Cultural