Arquivos mensuais: Febreiro 2012

IMITEMOS A DON QUIXOTE

     
Arremetamos levados pelas fúrias do Bóreas, como vendavais contra os moinhos de vento, tumbemos de cangalhas aqueles que avasalhan a terra com a sua sombra xigante grotesca.
As enerxias renováveis do tipo “parques eólicos” ofenden a natureza com a sua mera presença, unha amplia mortandade das aves, a águia, a cegonha, o abútre, sem esquecer os morcegos amigos, que frenéticamente intentan deitar a baixo estes esperpentos.
E falso que com estudos de impacto âmbiental bem feitos, os danos poderian evitarse, calibrando o cerebelo dos investigadores, sabemos de sobra que de pouco valerian, os paxaros seguirian morrendo entre as áspas.
Mas non só sofren as aves, tamen as espécies de vertebrados cuxo habitat é devastado pola abertura de caminhos necesários para o movimento da maquinária, que nesesitan todos estes armatostes descomunais. Sofre sobre maneira a flora, a causa de rede de ramais, que como unha tea enlaza as torres entre sí, recorridos pelos serviços de manutencion, as zangas, as plataformas em que se erguem, tudo isto feito sobre cerros e colinas muito fráxeis bióticamente.
Para o futuro é de prever, que tudo isto vaia caindo nas mans das instituicions e dos tiburons do agronegocio. O vetusto punto de vista, sobre a conciliacion entre as clases, com o aparato estatal como instância mediadora e tutelar, se o estado é o remédio, este será o que marque os fins e os médios, e non a xente do comun, seran os funcionários e as autoridades quem decida.
A demencia chegou incluso a concebir enormes árbores metálicas, monstruosas, dotadas de células fotovoltaicas, a modo de folhas, que serian colocadas unhas ó lado das outras, imitando um bosque, algo tan medonho, que só de pensalo xa basta para assustarnos.

Léria Cultural

A ESCADA QUE VEM DO FRIO

Este insignificante episodio, demostrou o estado de desmantelamento das industrias locais, e da colonizacion económica e non só, em que caimos nos ultimos anos. A sangria de recursos, alcança hoxe límites insuspeitados, concentrando a riqueza toda nas mans de máfias extremadamente minoritárias.
Eu necesitaba unha escaleira mais alta do normal, para atar duas vinhas antigas que estan a consideravel altura, quando estava a atar as videiras, rompeu um dos vans da velha escada de madeira, xa podre polo decorrer dos anos, e fiquei milagrosamente pendurado nela. Tiven medo ó pensar que unha semana antes andaran as mulheres a trabalhar encima dela, por isso me decidin a comprar outra nova.
Encarguei a devandita, mas ela non aparecia mais, apesar de figurar no catálogo das empresas ferreteiras, ningunha a tinha, e tentavan vender um sucedaneo, mais do gosto terceiromundista, pois a desexada nem existia sequer no armacém do maiorista. Perante a minha tenacidade pertináz, non lhes quedou outro remédio que após várias semanas de teima, mandala vir da Alemanha.
E certamente pasmante, que unha simples e miserável escada non haxa na nossa pobre peninsula, e tenha que vir demencialmente do frio.

Léria Cultural

A INSCRIPCION NO SALTO DE ALTURA

Este é um daqueles muitos ridículos da minha vida, de que ainda conservo fresca memória, e que cada ves que o recordo non podo deixar de rir a perna solta.
Naquel momento de loucura desportiva, o que mais me atraiu foi a salto de altura, talvés fosse um desexo do subconsciente, para compensar desta vingativa maneira a minha pequena estatura.
Como o famoso revolucionário “Cienfuegos”, natural de Manáguas, capital Paráguas. Que cada ves que um bófias gritaba ¡¡ cuidado com el bajito !!, el non podia controlar a sua cólera furibunda, estalando em iracundo griterio ¡¡ BAJITO NO !!, ¡¡ BAJITO NO COJONES !!, ¡¡ DE ESTATURA MEDIA !!.
O home quedou realmente ofendido, pois pensou que eu lhe estaba tomando o pelo, enfim que me estaba rindo nas sua ventas, non votou fogo, mas gritoume colérico ¿¿ AH,SIM ??, ¿¿ E QUE ALTURA SALTA VOCE ??. Decididamente, era suxeito íncapaz de compreender a minha paixon polo salto de altura, e rotundamente se negou a qualquer entendimento civilizado.
Os Idealistas, sempre temos o defeito que, tardamos mais que os comuns dos mortais em aterrar, e darnos portanto conta das nossas barbaridades, e do ridículo que facemos ás veces.
¡¡ VIVA O IDEALISMO !!

Léria Cultural

OS BENEFICIOS DA LIBERDADE

Os efeitos benéficos e sanadores da liberdade nunca passaron desapercibidos, pois de sobra é sabido que á sombra doutro ninguem medra. Um comportamento naturalmente libre, vai harmonizando os temperamentos. Todas as courazas caractereoloxicas que aferrolhan os homes nas suas garras, van rompendo pouco a pouco, e volta a alegria e o pracer que tudo o curan.
E como que para confirmar esta teoria, temos o paradigmático caso da Paramesa, que após a cópula devora o macho, num alarde de bestialidade, tantas veces cacareado pelo gosto da propaganda estatal, pois a estes fulanos interesalhe sempre sacar o lado perverso da natureza, como se este xustificara a sua necessidade.
Mas o que esta xente ignora, é que a nossa Paramesa somente tem este comportamento quando se atopa privada da liberdade, e xamais na natureza em soltura.

Léria Cultural

AS MONXAS DO LIBERALISMO

Os voluntários, deben antes de embarcarse em obscuras aventuras de benefíciencia, pensar com seriedade qual é o negocio para o qual son chamados, pois correm o perigo de convertirse em monxas do Liberalismo político, ou sexa escravas do senhor. Aparte de por em perigo a sua propria vida, podem perxudicar tamen o sistema social, e o motus vivendi dos seus semelhantes, que muitas veces viven dos trabalhos que os voluntários pasan a facer gratuitamente.
Para organizacons e proxectos que non merecen essa colaboracion desinteressada, e útilizan a boa fé destas almas candidas, para fims muitas veces mantidos no mais absoluto segredo. Pensase ás veces que se está facendo o bem, e na verdade estamos colaborando com a infâmia, e perxudicando portanto a sociedade.
A autentica xustiza, aquela que importa verdadeiramente conservar muitissimo mais que a caridade, é muitas veces atacada de forma brutal e solapada pela beneficiencia, cuxo objectivo non é a liberacion da miséria, senon mais bem perpectuar o sistema de relacions que levan a essa penúria colectiva, maquilhando os rostros mais negros da nossa sociedade.

Léria Cultural

The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore (2011)

Unha curtametraxe de animación, de 15 minutos de duración, acerca do significado dos libros nas vidas humanas. Moi imaxinativa. Un placer vela.