Arquivos mensuais: Febreiro 2012

A LITERATURA CLASSICA GRAECA

Começa artificialmente com um poema épico, recopilado do “Ciclo Troiano”, e que para enganarnos a nós, e a outros tan ignorantes coma nós, foi atribuido a Homero, famoso rapsoda cego que cantava polas esquinas, histórias de reles soldadesca, guerrinhas e batalhinhas, como se em verdade a obra fora sua.

(DOCUMENTOS PENDENTES DE GRABAR-REVISTA BREIXO XV)

A LITERATURA CLASSICA GREGA

Principio da nossa cultura, e fonte de toda erudicion, este entramado tesouro que é a Literatura Graeca, um elavorado programa cultural, que nos vai soltando passo a passo, ás veces de forma subrepticia o conhecimento em todos os campos da vida.
Para adentrarse neste labirinto fai falta ter fame de saber, pois caso contrário non seria soportável pasar mais alá dos Tratados Hipocráticos. Necesário é tamen ser unha verdadeira máquina, no bom sentido da palabra, pois doutra maneira tudo caeria em terreno valdio, e a labor resultaria completamente estéril.
Todo este producto cultural está propositadamente elaborado para consumo e formacion das mentes ílustres, e ás veces non tan ílustres assim como xulgan, persigue modelar os cerebelos, ó mesmo tempo que vai aportando informacion sobre matérias várias, pelo que é sumamente necessário ter a suficiente liberdade de consciencia. Saber discernir, ler entre linhas, e gozar da beleza literária das obras, para permitir um harmonioso desarrolho da mente do iniciado, no seu largo caminhar através do Druídico mundo do saber eterno.
Tamen a maioria dos textos antigos, non se sabe com certeza de quem son, polo que foron agrupados baixo a nome de diferentes sábios famosos, sem que verdadeiramente tenhan muito que ver com o seu suposto autor, sendo estas atribuicions falsas, ás veces as obras dum autor resultan totalmente contradictórias.
Ha que temer sobremaneira a manípulacion ideoloxica, que vai classificando as obras dum modo clientelar, afastando da circulacion aquelas que non encaixan dentro do seu ídeario, neste campo son sobre todos perigosos os estamentos do poder.
Naveguemos libremente e com mente despegada, por este portentoso mar, este legado civilizacional a duras penas conservado, e ás veces resuscitado milagrosamente das entranhas da terra, tesouros xá perdidos que aparecen para nosso medro e deleite. Falaremos de xentes e de “Corpus”, procurando revivilos para todo aquel que ainda sexa capaz de sentir amor pela sabiduria.

Léria Cultural

FOMENTO DA LITERATURA GALAICO-PORTUGUESA

Após a decadencia e posterior ruiña do Imperio Romano, houvo unha intensa rebelion, unha vontade indómita de igualdade e irmandade, da qual xúrdiu a sociedade igualitária que comunalizou as terras, repartiu a riqueza de maneira austéra, e sobre todas as cousas foi capaz de trabalhar para o bem comun.
Talves apoderandose de antigas formas de vida, desarticuladas pelo Império, buscando borrar as guerras e as lexions de escravos, esmagando os burdos soldados de Leviatan
Desta nova civilizacion, floreceu unha verdadeira cultura popular, non vanal, non rastreira, senon tudo o contrário, foi a idade d’ouro do nosso país. Estudada hoxe em todo o mundo, a Lírica Medieval Galaico-Portuguesa, é um tesouro que pertence a todas as nossas xentes anónimas, que souberon forxar a alma sentimental desta maravilhosa Fala.

Léria Cultural

(textos pendentes de copiar revista Via Alteria nº 14)

O GRANDE E FUNDAMENTAL MAL DA CIDADE

O largo do texto foise pondo de manifesto as gráves íncompatibilidades entre a existencia das cidades e a recuperacion do meio âmbiente, assim como a formacion dunha agricultura emancipada dos agrotóxicos e do uso abusivo das máquinas, com a preservacion da fertilidade da terra. Em bastantes ocasions mostrouse em concreto como a cidade,  com a sua mera existencia, fai impossivel que os progulemas axiais da natureza e dos cultivos hoxe encontrem unha solucion razoabel, de tal maneira que ou se pon fim á cidade, ou a continuidade desta fará crítica e probabelmente irreverssiveis as crísis medio-âmbientais em desarrolho que padecemos.
Non é este o ponto de vista do ecoloxismo, que preconiza a criacion de “cidades sustentáveis”, no que é unha mesquinha e perversa operacion de lavado de cara daquelas, dotando de lexítimidade a sua existencia, mas sem mostrar consideracion para o futuro dos bosques, a terra e os factores hidroclimáticos. Entre as muitas formulas vacias acunhadas por um urbanismo que se refúxia no angelismo e na verbosidade para non assumir as responsabilidades do ecocídio resultante do existir das megalópolis, destaca a das cidades-xardin, que se por um lado reduce, nos feitos, ó ampliar algo os ruins espaços verdes das urbes, por outro, ó melhorar e fortalecer éstas, realiza unha contribuicion de importancia para convertir as áreas rurais em semi-desertos.
Aquilo que constituie a cidade na sua essencia, a sua fúncion de “capital”, isto é, como grande área edificada de concentracion dos quadros de mando, manípulacion das mentes, supervision, coercion e represion do estado. Hall, em ves das retóricas sandeces em que se ocupa, podria ter descrito os diversos ministérios proprios da cidade cabeza do estado, que em Madrid som hoxe nada menos que dezasete, com o ministério de defesa ocupando o lugar principal, o que indica que a essencia do estado é a instituicion militar, como expon Otto Hintze, cada um com as suas muitas seccions, secretarías xerais, direccions xerais e outras, até formar unha agobiante trama de aparatos de poder e forza xustapostos que extraen as materias primas, alimentos, enerxia e man de obra imprescindiveis de áreas rurais cada ves mais alonxadas.
O urbanismo mais ou menos esquerdista reducese a um desolado receitário de promesas mendaces sobre o que faran polo bem estar dos habitantes das urbes os partidos da esquerda desde os concelhos, donde resulta o aperfeiçoamento constante das funcions liberticidas, dominadoras e de devastacion medio-âmbiental da cidade. Desde um enfoque diferente, pondo o énfasís no “totalitarismo da cidade”, expresion mais axustada á realidade, o asunto tratase em “Con la comida no se juega” D. Lopez e J. A. Lopez. Ensina bastante sobre as características do nosso tempo, em que o novo tipo de urbe, a cidade difusa, sexa ainda mais desastroso em todos os sentidos que a velha cidade compacta, dado que consume mais espaço, mais enerxia, mais agua e mais materiais, á ves que reforza o servilismo e a dócilidade, a insocíabilidade e o solipsismo, as pulsions Fedonistas, destructivas e autodestructivas, e, sobre tudo, a deshumanizacion do suxeito-médio.
No fim de contas, podese dicer que a cidade hoxe, como grande mito do progressismo e o radicalismo burgues; como paradigma dunha modernidade cada dia mais refutada pelos seus proprios logros, e como ilúsion, promesa e esperanza de unha vida melhor, está acabada salvo para a patéctica inmigracion do terceiro mundo ós países opulentos, cuxo único propósito é integrarse na sociedade de consumo, de maneira que a realidade terminou por dar a razon a Antonio de Guevara, no seu magnífico “Menosprecio de corte e alabanza de aldeia”, publicado em mil quinhentos trinta e nove.

Félix Rodrigo Mora

PARKINGSON

Ao basto arsenal de Adolfo Fernandez, pertence esta crua obra, que como toda vida humana tivo a seu tráxico final.
¿ Para que te meteches pequeno empresário Adolfo ?, foi para condenacion da tua alma. Tu es merecedor dum destino melhor, a diosa Fortuna, non andou xenerosa no seu reparto.
¿ Quantas humillacions terá que sofrer um home, antes de morrer sem mais ?
Pois a tua tia, coitada, xa non logrou passar a “Inspeccion Tecnica”, polo que foi raudo encaminhada para os desguaces do “Meixoeiro”, sem esperanza de retorno ó mundo dos vivos.
? Pero que hace esta senhora com medicacion de “Parkingson”,  si esta mujer no tiene Parkingson ?
¡¡ Alabado sea dios, mais vale tarde que nunca !!, por fim chegamos a um diagnóstico correcto.
Pois segundo parece, unha médica de cabeceira, receitoulhe unhas pastilhas para a ante citada doença á senhora Tia, e apartir daquela desgraçada data e das malditas pílulas, ela íniciou  um duradeiro tremeliqueo.
Adquiriu sem sabelo unha nova enfermidade, confirmando com os efeitos da cura a veracidade do mal, as doses foron aumentando e os efeitos secundários tamen, no sentido directamente  proporcional das massas do remédio. Confundindo, baralhando, a sagrada lei da causa-efeito, supomos que a senhora Tia non tinha a relapsa e dolorosa intencion de burlarse do prestíxio médico, mas é que ás veces tamen non pomos nada da nossa parte salvaguardar a infalíbilidade da ciencia.

Léria Cultural

QUE SOLINHA QUEDACHE, MARIA SOLINHA

QUE SOLINHA QUEDACHE, MARIA SOLINHA

Contráriamente ó que vulgarmente se pensa, o tristíssimo martírio de Maria Solinha, non foi cousa de curas, ainda que estes tamen tiveron parte no assunto, nim de túrbios negócios da cobiza, senon que a orixen da traxédia foi militar.
Aqueles que non tiveron repáros em desatar, toda a sua máquina de morte contra unha pobre mulher, que cegamente os enfrentou, levada pola fame de Xustiza, sem ter em conta os enemigos com que lidava, nem a abismal desproporcion de forzas entre âmbos.
Toda esta burda calamidade começou com unha batalha naval, durante a qual determinado xeneral, pasou olímpicamente de socorrer os náufragos, provocando unha catastrófica mortandade entre os marinheiros do lugar, que tamen participaran no confronto. A povoacion ficou doída com esta canalhada, e aumentou o mau estar xeral, sobre tudo entre as viúvas e os familiares dos mortos, que reclamaban xustiza. A revolta foi fermentando contra as autoridades, as xentes femeninas reunianse ás tardinhas na praia, acendian fogueiras, rezavan, choraban, gritaban, dando testemunho do descontento popular.
Parece ser que unha tal Maria da Solinha, foi identificada como cabecilha que aglutinava a revolta em torno seu, destacandose como cabeza de prestixio. Sobre a sua pessoa cairon os cans de presa, movendo toda a infâmia, e toda a violencia brutal sobre unha mulher indefesa, púnindoa salvaxemente, tocoulhe a ela purgar o pecado de todos nós, a insubmission.
As mulheres desta terra, levaron muitas veces o peso da guerra e do trabalho sobre as suas costas, para evitar males maiores. Maria da Solinha, foi acusada dunha sarta de inmundicias e falsidades, habituais neste tipo de processos, que no fundo son sempre os mesmos, máquinas de tortura e morte. Acusada de bruxaria, conciliábulos nocturnos, herexia, de manter relacions sexuais com o diabo, por diante e pos trás, e unha larga lista de cousas infâmes e repugnantes, capaces somente de ser escritas por xente demente.
Xudiaron com ela largamente, para que servira de escarmento. Maria da Solinha, cargou sobre as suas carnes ensanguentadas, com toda a ignóminia e com o peso amargo da lei. Heis aquí a memoria desta mulher heroica, tan escondida, tan desterrada da nossa memoria, que nem mesmo xente com certas luces tem nocion do sucedido.

Léria Cultural

Prisciliano

PRISCILIANO

(BAIXO A OPTICA HOMICIDA DOS SEUS DELACTORES)

(Tendo indagado com solicitude e descoberto por confesion de muitos maniqueos que foron presos as suas obscenidades e torpezas, fixemos chegar a pública noticia para que em ningum caso parecera dudoso, o que no nosso tribunal, diante de muitos sacerdotes e varons ilustres, de grande parte do senado e do povo, foi descoberto por boca dos mesmos que tinhan perpetrado toda maldade… As actas do proceso o demostran.)
Algo mais que faladurias vulgares houvo, pois, sobre a depravacion dos Maniqueos e Priscilianistas.
O segredo das suas reunions, a máxima de iura, periura, secretum proderi noli, a importancia que na seita tinhan as mulheres, mil circunstancias, em fim, debian facer suspeitar do que San Leon chama execraveis mistérios e incestissima consuetudo dos discípulos de Prisciliano, semelhante nisto ós de Carpócrates, ós Cainitas e a todos os vástagos dexenerados do tronco gnóstico.
Dos seus ritos pouco ou nada sabemos. Xexuavan fora de tempo e razon, sobre tudo nos dias de xúbilo para o povo Cristian. Xuraban polo nome de Prisciliano. Facian simulada e sacrilexicamente as comunhons, reservando a hostia para supesticions que ignoramos. No ponto da xerarquia eclesiástica, levaron até ó extremo o principio de igualdade revolucionária. Nim legos nem mulheres estaban excluidos do ministerio do altar, segundo Prisciliano. A consagracion faciase nom com vinho, senon com uvas e até com leite, supesticion que duraba em 675, data do terceiro concílio Bracarense, quem no seu canon primeiro o condena.
Non ha que encarecer a importancia da astroloxia, da maxía e dos procedimentos teúrxicos neste sistema. Todos os testemunhos estan conformes em atribuir  a Prisciliano grande pericia nas artes goéticas, mas non determinan quais. No único fragmento seu que conhecemos, denota o muito que estimaba a observacion astrolóxica, que para el debia de substituir q qualquer outra ciencia, posto que daba a clave de todo fenómeno antropolóxico.
Tal é a lixeira notícia que podemos dar das opinions prescilianistas reunindo e cotexando os dados que a elas se referen, senon bastan a satisfacer a curiosidade, dan ó menos comprida idea do caracter e fundamentos de tal especulacion heréctica. Restanos apreciar a seu inflúxo em posteriores extravios do pensamento ibérico. Mas antes conviria averiguar porque arraigou tan fundamente em terra Galega e se sostivo, mais ou menos paladina e descobertamente, por perto de tres séculos o priscilianismo.
Unha opinion recente, defendida por D. Manuel Murguia, na sua Historia de Galicia, parece dar algunha solúcion a este progulema. O Panteísmo Céltico non estaba borrado das rexions occidentais da Península ainda despois da conversion dos Galaicos. Por isso a Gnosis Egipcia, sistema panteista tamen, topou ánimos dispostos a recebela. Mas ha unha dificuldade; o panteísmo  dos Celtas era materialista, inspirado por um vivo e enérxico sentimento da natureza; em quanto ó espírito humano, non sabemos nem é creibel que o identificasem com deus. O contrário, o panteísmo que ensinou Prisciliano é idealista, desprecia ou ódia a matéria, que supon criada ou gobernada polos espíritos infernais.
Mas semelhanzas ha noutras circunstancias. Os Celtas admitian a transmigracion, e de igual maneira os priscilianistas. Unhs e outros cultivaban a necromancia ou  evocacion das almas dos mortos. As supesticions astrolóxicas, mais desarrolhada no priscilianismo que em ningunha das seitas irmans, seria favorecida polos restos do culto sidérico, fondamente encarnado nos rituais Célticos. O sacerdócio da mulher non parecia novidade aos que habian venerado as druidesas. ¿e os rituais nocturnos, celebrados in latebris, em bosques e em montanhas, a que parece aludir o concílio de Zaragoza, e que eran ignorados polos demais Gnósticos? claro parece a sua orixem se a interpretacion do canon non é errada.
Deixadas aparte estas coincidencias, sempre parece singular que num fim de mundo latino nascese e se desarrolhase tanto unha das formas da teosofia greco-oriental. Sabido é  que os occidentais repudiaron como por instinto todas as herexias de carácter especulativo e abstracto, abrindo tan só  a porta a subtilezas dialécticas como as de Arrio; e non é menos certo que,  se algunha concepcion heréctica enxemdraron, foi de tudo práctica e enderezada a resolver os temas da grácia e do libre albedrío; a de Pelaxio por exemplo.
O Naturalismo, quando se funda nunha concepcion âmplia e poderosa da natureza como entidade, tem certa grandeza, ainda que falsa, e non carece de rigor científico, que pode deslumbrar a entendimentos apartados da verdadeira luz.
Que valor tem o Priscilianismo ós olhos da ciencia? Escasso ou ningum, porque carece de orixinalidade. E o resíduo, o substractum dos delírios Gnósticos. Se por alguma qualidade se diferença, é polo rigor lóxico que lhe leva a aceitar todas as consequencias, até as mais absurdas; o fatalismo, vervigrácia, ensinado com a crueza maior com que pode ensinalo seita alguma; o pessimismo mais acre e desconsolador que o de qualquer discípulo de Schopenhauer.
Que significa ós olhos  da história? A última transformacion da Gnósis e do Maniqueismo decadentes em dogmas e em moral. Baixo este aspecto, o Priscilianismo é importante,  como única herexia Gnóstica que dominou um tanto nas rexions do Occidente. E ainda poidera dicerse que os miasmas que ela deixou na atmósfera contribuiron a enxendrar nos séculos doze e trece á peste dos Cátaros e Albigenses. O qual a ninguem parecerá incrível ( sem que por isso o afirmemos), posto que Prisciliano tivo discípulos em Itália e na Gália Aquitánia, e só deus sabe por que ínvisibel trama se perpectuaron e uniron nas névoas da Idade Média os restos boms e maus da civilizacion antiga. Non bastaban os Maniqueos vindos da Trácia e da Bulgária para producir aquel fogo que ameaçou devorar o Meio Dia da Europa.

D. Marcelino Menendez Pelayo

A quen serve a Xustiza en España?

“O xuíz Baltasar Garzón,  quen permitiu desarticular o crime de Estado dos GAL durante o mandato socialista, as redes de narcotráfico máis poderosas, o entramado que alimentaba a ETA, algunhas das células do terrorismo islamista máis peligrosas que operaban en España e a rede de corrupción masiva máis extensa vinculada ao PP, foi condenado por sete maxistrados do Supremo a 11 anos de inhabilitación por prevaricar ao ordenar gravar as conversas dos xefes da rede Gürtel cos seus abogados no cárcere”  (Tomado do artigo de José Manuel Romero   Un fallo prevaricador?   en El País.)

O diario El País publica o Comunicado de Baltasar Garzón tras ser inhabilitado polo Supremo.

(Imaxe enlazada dende o diario El País)

As múltiples caras da máscara

Artigo publicado no diario El País (05-02-2012)

Anonymous destapa datos personais de supostos partidarios da ‘lei Sinde’. As redes sociales incéndianse. Choven apoios. E críticas. Incluso entre os ciberactivistas. Catro ‘anons’ falan para EL PAÍS

AS MALAS HORAS

AS MALAS HORAS

Habia um home de teatro Galego, que eu conhecin meramente por acaso da fortuna, nunha noite de bohémia Viguesa. Este rapsóda, como tantos outros muitos lastimosamente abandonados e finalmente perdidos para todos nós, tinha unha aureola de xenealidade deslumbrante. Voltei a velo um par de veces mais, unha na TV Galega e outra na Televisao Portuguesa, onde participou como assesor num programa merdento do tipo asalto á fama. Apesar da mediocridade do espectáculo, sobresaía a sua grande xenerosidade e talento verdadeiro sobre este mundo rasteiro.
Contando contos era maxistral, criou um personaxe que se chamava o “Vidinhas” para as suas aventuras literárias, unha das falcatruas que mais me gostou  era mais ou menos así:

A fermosa e louzana Balbina, a roupa seca á flor do crepúsculo recolheu, e como um sol dourado desapareceu na penumbra da noite cálida, deixando mortalmente estendida a corda sobre o caminho. O Vidinhas que vinha de bicicleta, non se sabe donde, as tantas da manhan, quedou levitando enganchado polo pescozo. E a bicicleta fantasmal continuou sola o seu percurso, indo assustar de forma bestial o Xosé das Tundas, home de escasa tempranza, que retornava ós seus aposentos, após larga xornada de boa vida, dissípada em tabernas e tubúrios de mala fortuna. O ver aquela assombracion andar sola, montada por seres doutro mundo, apanhou semelhante cagazo que quase morre dum infarto, quedando ali tremelicando fora de sí.
Em mala hora apareceu o Vidinhas, que resmungaba e maldecia a sua burra mecânica, posseedora de todos os calamitosos defeitos da raza asnar. O Xosé das Tundas, xa non puido aguantarse mais, foise a el e malhou até que xa non tivo mais folgos, praguexando de contínuo contra estes graciosos, que se dedican a assustar a xente de bem ás altas horas da noite.

Léria Cultural

A I T V DAS CASAS

Quero com este urxente artigo, alertar para a aproximacion á nossa órbita satélitiana, dum novo tributo, que a unha velocidade cósmica se aproxima da parvalheira, percorrendo as enormes distancias espaço-temporais que nos separan da modernidade, com unha facilidade sorprendentemente acelerada.
As tan desexadas reformas liberais, avanzan a um ritmo tamanho, que segundo é previsibel este novissimo dos negócios pronto campeará entre nós. Chamase a I.T.V. das casas, e consiste em que unha lexion de apóstolos préviamente privatizados, e altamente qualificados, percorreran as vivendas das victimas golpeando as paredes, para ver se son aptas, isto é se están em perfeitas condicions de habitabilidade, porque de non ser o caso, xa vexo mais de um dormindo ó aire libre.
Deronse conta, que isto da revision dos autos é unha mina inesgotábel, e intentan expandir o negócio a outros campos, e munha etapa posterior, quando a medicina xa estexa totalmente privatizada, enton tamen será a nossa ves de passar revision, e temo que muitos teremos sérias dificuldades para passala.
Falando do chuchamento de tutanos cerebrais, ha abundantes possibilidades de que no Universo a estúpides chegue a ocupar o lugar do hidroxénio.

Léria Cultural

O FIM DO MUNDO

Adolfo Fernandez, narrou com a sua habitual vehemencia, este conto tan real como a vida mesma, e que foi o que mais me gostou entre os inumeráveis, que conforman a seu repertório fecundo.
O home levantouse para fumar um cigarro no alpendre da sua casa, um Domingo pola manhan, disfrutando da suave frescura e dos delíciosos cantos da paxarada madrugadora.
Insuspeitadamente, desatouse semelhante dilúvio sobre o telhado da sua casa, que começou a ver desfilar diante sua, arrastadas pela torrente, todas as aves do corral unha por unha, despois vem o porco, que se debatia furibundo na desesperada espiral das águas turbulentas.
Enton, como que intentando reaxir, gritou para a sua mulher que se encontrava na cama.

¡¡ Levantate Concha, que hoxe é o fim do mundo !!

Tudo isto tem unha explicacion lóxica, que intentarei expor com seriedade:
O Sabado pola tarde, unha excavadora do Concelho que andava humanizando a zona, retirou toda a terra que servia de suporte a um cotovelo da conducta principal da traída de águas de Salvaterra, a curvatura cedeu á presion e desencaixouse, polo que non sei quantos miles de litros por segundo, foron cair certeiramente sobre o telhado da casa deste honrrado cidadan, que se atopaba disfrutando dum dos escassos momentos de lecer que a vida nos permite.

Léria Cultural

POR QUE COSA LUCHAMOS

Y ¿por que cosa luchamos?

Pues luchamos por lo que no existe, claro.

Si no, ¿que gracia tiene?

Para luchar por lo que ya existe ya están ellos,

Los ejecutivos del estado del bienestar, y por

Ello están luchando cada dia y procurando

que todo ciudadano luche por lo mismo, por

lo que existe.

  Agustin Garcia Calvo

AS ARMAS NUCLEARES TACTICAS

Quando um destes presidentes modernos, falou na possibilidade de utilizar bombas nucleares tácticas em Europa, todos os idiotas de turno se riron ante tamanha barbaridade, surxiron inmediatamente os exegetas televisivos que explicaron ás boas xentes, que o presidente non quixera decir o que dixo, senon que queria decir o que non dixo.
Como é natural, todo o mundo ficou tranquilo após os esclarecimentos categóricos ofrecidos pelas autoridades competentes. Mas a crua realidade era bem outra, efectivamente á intervencion sobre países que se desmembraron da antiga Cortina de Ferro, xa estava planeada com a súficiente antelacion, e a ela se referia o citado presidente parlanchin.
Pensa mal e acertarás, o tipo de arma que se pensava usar,  eran as armas “limpas”, tamen chamadas de “urânio empobrecido”, que se venhem útilizando em todas estas guerras actuais dunha maneira solapada. Estes artefactos son tan “democráticos”, que afectan os soldados de ambas partes por igual, mas despois de haberem professionalizado os exércitos, quem se vai importar por estes mercenários, que por dinheiro se ofrecen como carne de canhon.
As miles de toneladas de “urânio empobrecido”, que verdade sexa dita, nem sequer é urânio e muito menos pobre, pois tratase de bombas de plutônio altamente radioáctivas, com unha monstruosa vida de mais de quatro mil anos, e contenhen isótopo de urânio 236E, Que son cem mil veces mais perigosos que o referido urânio.
Os estragos que estan a causar estas bombas, que os Occidentais semean por todo a mundo com as suas guerras de expansion, baixo o pretexto de que necessitan misíes com grande poder de penetracion em brindaxens e cemento, para poder sacar debaixo da terra os enemigos que se escondem como ratas.
A contaminacion acumulada nestas massacres recentes, ás que nós assistimos como telespectadores concupiscentes, equivale várias veces á producida nos famosos bombardeos de Xapon. Os efeitos diabólicos disparan os casos de cancer, leucémias, nascimentos com deformacions aberrantes, e alteracions xenéticas sobre a povoacion indefensa.
A prohíbicion desta mortífera praga, apesar de haber sido estudada por unha subcomision da O. N. U., non logrou prosperar, truncada pola oposicion dos militares e políticos occidentais, passando a ser considerada unha arma convencional.
Esta é a verdadeira cara do terror, aquela que permanece escondida, e que os “idiotas-votantes”, aqueles que dan lexítimidade a estes reximes tirânicos xamais conseguiran ver. Mentras tanto, a dor das povoacions civis, que sofrem em propria carne esta brutalidade, se seguiran perguntando que mal fixeron eles para que estes barbaros lhes cairan encima.

Léria Cultural

A BELOTA NA ALIMENTACION HUMANA

Voltamos a bater na mesma pedra, pois sendo o carbalho algo que medra abundantementemente na nossa terra, poderia el com todos os seus frutos axudar á nossa libertacion.
Tudo o que sexa viver sem trabalhar, deve agudizar o nosso engenho, para liberarnos da economia, e da falta de tempo libre. A actividade recolectora, brindanos independencia, e fainos amigos do bosque que nos manten.
As veces pensamos que, por nossa propria conta, deveriamos investigar as posibilidades culinárias da belota, as maneias mais deliciosas de comela, as formas mais enxenhosas de preparala, de conservala, etc, etc… Facer farinhas, sopas, pan, doces, e mescolanzas várias com outros productos.

Léria Cultural