Arquivos diarios: 18/02/2012

XENTE PORQUINHA

Um dos grandes progulematas, que se nos depara hoxe em dia, xunto com a medonha ameaza que representa o eucalipto, son as lixeiras. Um pode encontrarse com elas em qualquer sitio. Ainda que ha unha tendencia xeral para os cursos de agua, pois parece que prolongan a contaminacion, que a porcaria non fica em sito senon que se expande infindamente.
Ainda que afortunadamente os lixos particulares, na sua grande maioria xa estan bastante encauzados, e xa non conspurcan massivamente os nossos fermosos regueiros. Xa non é así com os pequenos empresários locais, que como era de esperar tamen nesta matéria, mostran categóricamente o seu talante, e o seu talento. Persisten teimosamente em derramar polo monte os seus detrictos professionais, amparados na ímpunidade que lhes brinda a cacicada local, xuntos mostran sempre que podem as suas dotes benéficas.
A pertinácia destes malandrinhos, que mantenhen unha relacion clientelar com o poder, vai semeando o monte Comunal de escombros da construcion, de rodas velhas dalgum incógnito talher, das limpezas agrícolas dos tractoristas locais, etc, etc, h.
Ha no nosso monte tres ou quatro lugares, algunhs escondidos, outros á beira mesma da estrada, e portanto non lonxe da nossa consciencia. Um deles haxase perto dos olheiros d’agua que abastece a Ponte de Xil, talves para darlhe mais substancia ó liquido elemento, sem que os vecinhos parezan preocuparse nada com o tema, para eles beber agua limpa ou porca, dalhes absolutamente igual. Este depósito é o mais antigo de todos, e apesar de haber sido taponado com enorme calhau, xa eles furaron por outro buraco, num esforzo desesperado por continuar merdando.
Outro está ó lado mesmo da estrada, foi feito por tractorista espertalhon, como quem non quer a cousa, um pequeno desterro para que sirva de paradigma da limpeza nacional, assim polo menos que se saiba que non andamos a enganar ninguem.
O da Encostada, este sim que é temível, pela sua capacidade, alí reinan os pequenos empresários, e os desperdicios das suas obras-mestras, cousas deploraveis âmbas.
Precisa neste assunto da nossa axuda solidaria a Natureza, ela só non pode lutar contra estas xentes, carentes da nocion do bem comun, pois doi no corazon, que debaixo desta selva esmeralda, debaixo das folhinhas novas dos castanhos,  se encontre de repente um mar de merdas velhas.

Eira Comunal   

UM CAMPO D’ESTELAS

Compostela subiu á cabeza da Cristandade Peninsular, quando a parte norte, xá liberada do dominio sarraceno, sentiu a nesessidade de instaurar unha nova sede apostólica independente de Toledo, que era a sede primada das Hispanias e permanecia em territorio baixo control rival.
Axudada pelos imperadores Europeios, colheu a puxanza requerida para liberarse da tutela Toledana, e assumir a primacía eclesiástica. Como todo combate pelo poder, esta epopeia tivo os seus propagandistas, os polemistas que se envolveron nunha disputa á morte, eles  foron por um lado Elipando, e polo outro representando os territorios liberados Beato da Liebana e Hetério, os quais impugnaron as doutrinas de Elipando como herécticas.
“Grande é a fraqueza do entendimento humano, e muito exposto está a caídas, o que mais seguro e emcumbrado se xulgaba. Tal aconteceu ó nosso Elipando, que com haberse mostrado adversário valente da ímpiedade, caíu no erro “adopcionista”, defendido por Félix, obispo de Urgel e chamada herexía Feliciana.” Que consistia,em que o Salvador, em quanto homen, era filho adoptivo e nominal de Deus.
A sede Apostólica de Toledo, entrou em fero combate, para intentar dominar este cisma, e conservar os seus previléxios, e o mando sobre toda a Igrexa Hispana. Á sua frente figurava Elipando, “Era a sazón metropolitano de Toledo, o famoso Elipando, nascido de estirpe Goda em vinticinco de Julho do ano 717, o qual inflamado pelo celo da fé, contestou os libros dos herexes, em largas cartas, nas quais, non escaseian por certo as invéctivas nem os sarcásmos”, e que nos dan tamen unha ídeia da delicadeza ética, e do talante destes príncipes da Igrexa.
“Vimos e nos burlamos da tua factua e ridícula loucura. Antes que chegara a nós o fétidissimo cheiro das tuas palabras… O teu desvario non deve ser curado com vinho e aceite, senon com o ferro”. Esta polémica conhecida como o “Adopcionismo”, aprofundou o velho cisma entre duas nacions Ibéricas, que xa se vinhan enfrentando através da história.
Perto das terras de Padron, xunto das tumbas de Prísciliano e dos santos mártires. Resurxia de novo a lenda deste santo baron, e a sua importancia capital na vida política das nossas xentes, a nova meca da cristandade buscava terras Galaicas, para medrar sobre um prestíxio arcaico.
Iria Flávia, que parece ser acomulava túmulos e relíquias múltiples, entre elas parece que algunhas vindas de Brácara Augusta, que por seguridade foran retiradas da capital do Sul da Galiza, ante a ameaza do avance Mouro. Segundo afirma Gibbon, podian encontrarse entre elas as relíquias de Santa Eulália de Mérida, que foran saqueadas pelos Suevos e traídas para Brácara.
Num “Campo d’Estelas”, ou sexa sobre um cemíterio antergo, levantouse a nova sede, que confirmava a victória da Cristandade sobre os negros Mouros do deserto. Logo se transformou num santuário de peregrinacions, pela que circulaban todas as Europas solidárias com a guerra ó infiel, participando nunha nova cruzada, multidons de beatos percorreron o caminho nunha autentica penitência, tanto para eles, como para nós que temos que os aturar.
Esta é, mais ou menos a história do orixe de Compostela, tudo o demais foi novela falsíficada, para consumo de xentes demasiado crédulas.

Léria Cultural

C’EST LA VIE

Este canto, tamen pertence á vasta imaxinacion de Adolfo Fernandez, e desarrolhase no comboio Alfa Pendular, que leva a muitos destinos, entre eles a unha convencion de lesbianas que acontecerá  na capital amada de Portugal.
Ha homes, com letra pequena, que quando ven um par de missiles á altura do peito apuntados, se renden completamente. Non apercibiu a nossa víctima, o defeito capital da Senhora com quem desesperadamente intentava estabelecer unha confraternizacion vanal.
Minha cara amiga, todo este mundanal ruído dos mitos eróticos, é totalmente falso e equívoco, pois essa mania de que os negros son tal e qual, carece de fundamentos reais, non son os negros os grandes dotados pela natureza dos super atríbutos necesários, non Senhora, senon os Marroquis, eses  sim que son os verdadeiros sementais.
Tamen, toda a parafernália dos Latin-lovers, dos Casanovas, esses galantes seductores, espertos nas artes amatórias como Don Ovidio, é tudo unha mariconada, pura lama rasteira de aduladores servís. Os verdadeiros grandes amadores, os exímios espertos do deboche, esses sim son os Portugueses.
O home disertou largamente ó seu belo prazer, regodeandose em todo requinte de detalhes, até que encaixou a pregunta fatal, por parte da exímia e talvés Dama.

¿¿ Perdon, e usted como se llama ??

¡¡ Mohamed Da Silva Morais !!

Léria Cultural

A LITERATURA BRASILEIRA

A Literatura Brasileira, é unha prolongacion no espaço, no tempo e nos autores, da Galaico-Portuguesa. O mesmo tempo conserva unha raiz arcaica, primitiva, como se retornara á prehistória da alma Galaica, as xentes que povoaron o Brasil, souberon conservar as verbas antergas, e as tradicions do noroeste peninsular no seu cerne mais profundo.
Por isto, non teremos grandes dificuldades na sua leitura, que debe ser em Fala vernácula, xamais em traduccions, pois seria unha monstruosidade imperdoavel que aníquilaria toda a grácia que encerra esta escritura fecunda.
Xa fai bastantes anos, que vocacionalmente decidin internarme a escuras por esta selva frondosa, cheia de prodíxios, de beleza e de prazeres. Ponho a minha experiencia neste campo á disposicion dos novos ventureiros, que tenhan a capacidade de disfrutar destes tesouros escondidos, destes luxos e refinamentos que son o sal da vida, e que nos marcaran eternamente.
Recordo que comecei esta andadura, com um médico rural chamado Joao Guimaraes Rosa, e do seu libro de contos “Sagarana”, e despois o “Grande Sertao Veredas”, escrito em linguaxem rexionalista, rica em pronuncias e arcaismos, semelhantes a Galego antigo. Despois apareceu Aluísio de Acevedo (que foi Vice-Consul de Brasil em Vigo) e as suas obras portentosas “O Mulato” e “O Cortiço”. Com José de Alencar, José Lins do Rego (A Pedra Bonita), Euclydes da Cunha (Os Sertoes), Marcio de Souza (Galvez Imperador do Acre), Dias Gomes (O Bem-Amado), e o nosso Jorge Amado com Gabriela cravo e canela, e etc., etc…
Nomes que ficaran grabados nas nossas mentes para sempre, pelos mundos que abriron diante dos nossos olhos, e que encerran todas as coloridas chamas do pau Brasil.

Léria Cultural

(DOCUMENTACION SEM GRABAR-REVISTA BREIXO XV)

A LITERATURA GALAICO-PORTUGUESA

Começamos a promocion da Literatura Galaico-Portuguesa, com o maior dos seus Poetas, esperemos que polo menos algum dos poemas atríbuidos a Luís de Camoes, sexa realmente seu, para que o engano non sexa total, ainda que eu penso que a maioria dos poemas desta obra son anónimos, dunha qualidade primorosa.
Sinto tamen, unha predileccion pola sua lírica, em detrimento da obra épica Camoniana, ainda que sexa posseedora dunha forte personalidade, e ésta sí, quase me atreveria a afirmar que é verdadeiramente sua.

Léria Cultural

(DOCUMENTACION SEM GRABAR-REVISTA BREIXO XV)

A FALA GALAICO-PORTUGUESA E A SUA LITERATURA

Identidade primeira deste País Atlantico, a Fala dos nossos antergos, atesourada na alma das Xentes, formou um dos patrimonios culturais mais valiosos da humanidade. Desperdigado pelos quatro cantos do mundo, e dono dunha poderosa personalidade própria, um aer de forte saudade que vai do Brasil á China, mais alá da Trapobana.
Nasce da vontade igualitária dos Homes de Guillade, como primeiro escrito em fala Galega de que há memória, alá polo ano novecentos e sessenta e tres (caso curioso, que apesar de citar os Homes de Guillade, ha duas mulheres na relacion, cousa que demostra a tradicional valia das Mulheres Galaicas), decidiron construir o Domus Santa Leocádia, na encosta do monte do Castromao, e cuxo testamento depositaron no convento de Melon.
A fertilidade da terra, unida a um reparto igualitário da mesma, xerou unha civilizacion de prosperidade, que fixo possibel o dessarrolho dunha âmplia cultura verdadeiramente popular, oriunda das raices da terra, fogosa e xenial, tanto nas letras como na música tradicional. Esta idade dourada, frútificou abundantemente, na riqueza ínigualavel da poesia lírica, na trova, no formigueiro creativo dos seráns d’aldeia, chegando a alcançar as cumes da cultura Galaica.
Despois continuou o seu caminho, principalmente em terras da Galiza do sul, liberada do dominio Castelan, que intentava asfixiar a nossa identidade, persecutoriamente como um fero enemigo buscaba, e busca borrar a Fala do nosso cerne. Em Portugal, a Fala e a Literatura seguiron o seu curso natural, o que garantiu a pervivencia, até alcançar  a dimension universal de que hoxe em dia goza.
Magnífica Fala e Literatura, que non começou como é habitual, com um poema épico, com estórias de guerras, saqueos e roubos de mulheres, senon com o manisfesto xenio igualitário dunhas xentes do comun.

Léria Cultural

(DOCUMENTACION SEM GRABAR-REVISTA BREIXO XV)

A LITERATURA CLASSICA GRAECA

Começa artificialmente com um poema épico, recopilado do “Ciclo Troiano”, e que para enganarnos a nós, e a outros tan ignorantes coma nós, foi atribuido a Homero, famoso rapsoda cego que cantava polas esquinas, histórias de reles soldadesca, guerrinhas e batalhinhas, como se em verdade a obra fora sua.

(DOCUMENTOS PENDENTES DE GRABAR-REVISTA BREIXO XV)

A LITERATURA CLASSICA GREGA

Principio da nossa cultura, e fonte de toda erudicion, este entramado tesouro que é a Literatura Graeca, um elavorado programa cultural, que nos vai soltando passo a passo, ás veces de forma subrepticia o conhecimento em todos os campos da vida.
Para adentrarse neste labirinto fai falta ter fame de saber, pois caso contrário non seria soportável pasar mais alá dos Tratados Hipocráticos. Necesário é tamen ser unha verdadeira máquina, no bom sentido da palabra, pois doutra maneira tudo caeria em terreno valdio, e a labor resultaria completamente estéril.
Todo este producto cultural está propositadamente elaborado para consumo e formacion das mentes ílustres, e ás veces non tan ílustres assim como xulgan, persigue modelar os cerebelos, ó mesmo tempo que vai aportando informacion sobre matérias várias, pelo que é sumamente necessário ter a suficiente liberdade de consciencia. Saber discernir, ler entre linhas, e gozar da beleza literária das obras, para permitir um harmonioso desarrolho da mente do iniciado, no seu largo caminhar através do Druídico mundo do saber eterno.
Tamen a maioria dos textos antigos, non se sabe com certeza de quem son, polo que foron agrupados baixo a nome de diferentes sábios famosos, sem que verdadeiramente tenhan muito que ver com o seu suposto autor, sendo estas atribuicions falsas, ás veces as obras dum autor resultan totalmente contradictórias.
Ha que temer sobremaneira a manípulacion ideoloxica, que vai classificando as obras dum modo clientelar, afastando da circulacion aquelas que non encaixan dentro do seu ídeario, neste campo son sobre todos perigosos os estamentos do poder.
Naveguemos libremente e com mente despegada, por este portentoso mar, este legado civilizacional a duras penas conservado, e ás veces resuscitado milagrosamente das entranhas da terra, tesouros xá perdidos que aparecen para nosso medro e deleite. Falaremos de xentes e de “Corpus”, procurando revivilos para todo aquel que ainda sexa capaz de sentir amor pela sabiduria.

Léria Cultural